ATIVO IMATERIAL  E FORÇA INTELECTUAL

                            WERNO HERCKERT

Contador

Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis

Membro da Associação Internacional do Neopatrimonialismo

Membro da Corrente Científica Brasileira do Neopatrimonialismo

              

INTRODUÇÃO

Alguns assuntos tornam-se, ultimamente, relevantes nas publicações contábeis dedicadas à gestão patrimonial, tais como os relativos à globalização, mudanças rápidas da tecnologia, informática, telemática, educação continuada, maximização da satisfação do cliente, tudo volvido a um aperfeiçoamento da qualidade, envolvendo, inclusive e relevantemente, fatores imateriais. Embora tais assuntos não sejam de todo novidade, alguns aspectos evolutivos ocorrem quanto à quantificação de elementos, antes apenas acenado e agora enfocado com mais objetividade. Valores não mensurados nos Balanços tradicionais, evidenciam a necessidade de destacar com maior objetividade a existência de uma riqueza intelectual, despertando maior preocupação aos estudiosos e encontrando um tratamento científico de rara qualidade na   corrente neopatrimonialista. Cresce o interesse em quantificar os agentes da transformação da riqueza e, também, o de conhecer a influência desse na dinâmica do capital, inclusive em que limites essa influência se opera, em face do que deveras afeta as situações de eficácia ou ineficácia.  

INFLUÊNCIA INTELECTUAL LEVA À EFICÁCIA OU INEFICÁCIA PATRIMONIAL

 

A capacidade intelectual leva ao aumento do  patrimônio. A incapacidade intelectual leva à estagnação patrimonial e até à falência da empresa.

Para ilustrar estas duas afirmações vejamos duas realidades:

lo. A empresa A iniciou-se pequena. Em virtude da capacidade intelectual, conhecimento, competência e experiência do empresário a mesma foi tendo eficácia patrimonial e com o passar dos anos foi prosperando e influenciando o mercado onde a mesma estava inserida. O crescimento da empresa resultou não só na sua prosperidade, mas, também naquela da comunidade global, pois ocorreu um incremento na exportação de máquinas, quer no mercado interno, quer externo.

2o. Caso: A empresa B iniciou-se pequena e pequena ficou. Em virtude da incapacidade intelectual, falta de criatividade, falta de conhecimento gerencial do proprietário  a mesma não prosperou.

Analisando os dois exemplos, concluímos que a primeira empresa prosperou, pela  eficácia intelectiva de sua direção enquanto que a segunda não o fez pela ineficácia intelectiva de seu dirigente. O fator intelectual foi importante e fundamental  no l. caso. Influenciou o patrimônio e este teve eficácia. Assim como o valor intelectual pode produzir riqueza a riqueza pode produzir captação de valor intelectual. O fator intelectual pode criar tanto eficácia quanto ineficácia patrimonial.

Existe uma inequívoca relação entre o valor intelectual (este como agente) e o meio patrimonial.

O que importa, nesta relação, é o  conhecimento dos limites de natureza lógica, ou seja até que ponto cada agente tem condições de exercer a sua preponderância.

Ainda, sobre o primeiro caso, constata-se que a empresa por ter capital humano de conhecimento, competência e experiência desenvolveu o capital estrutural  e o capital cliente. Houve portanto uma  influência positiva por parte do valor intelectual no interior da empresa.

INFLUÊNCIA INTELECTUAL ENDÓGENA

 

Cada vez mais se intensifica o estudo sobre a influência intelectual interna como uma força que movimenta o patrimônio com  repercussão no mercado.

Na Física, existe um estudo sobre a força que atua sobre um corpo quando esse executa um movimento, oferecendo meios de mensuração. Analogamente, em Contabilidade, devemos considerar que, também, existe um movimento que resulta na transformação do meio patrimonial em si.

A contabilidade tradicional não se preocupa com a  força intelectual que atua sobre a riqueza, mas, sim, especificamente, com o patrimônio da empresa, sem, todavia, desconhecer a natureza da ação ambiental promovida pelos agentes. O Prof. Lopes de SÁ (2000) ensina: “O patrimônio imaterial das empresas é um resultado do aumento de funções do próprio capital material e dos agentes que sobre o mesmo atuam para dinamiza-lo e aumentar-lhe a capacidade de utilidade ou eficácia. Segundo a visão neopatrimonialista não se trata essencialmente de um maior valor do capital, mas, sim, de uma maior função da riqueza sob a ação de relações basicamente ambientais e que se pode mensurar quando se procura traduzir tais elementos em valores. Seja a mensuração espontânea,  seja em decorrência de fatos que defluem de novas associações ou cessões do capital, seja previa ou com projeção futura, o que se objetivará, sempre, será a expressão de potencialidades formadas em decorrência de ampliações de funções, quer por efeitos internos, quer externos”.

A dinamização do patrimônio, por influência ambiental endógena, vai criar os intangíveis como o conceito no mercado, bons clientes, marca de comércio etc. Estes ativos intangíveis, em algumas células sociais, são bens mais importantes do que os bens físicos. O que está se destacando é o bem do conhecimento. Isso quer dizer as novas fórmulas e receitas de uma mentalidade inovadora no interior da empresa. A preocupação dos estudiosos é encontrar forma realista para mensura-la.

MENSURAÇÃO DOS INTANGÍVEIS

 

Têm aumentado o interesse, por parte dos estudiosos, que se  quantifique a riqueza imaterial.  Há uma crescente crítica aos demonstrativos patrimoniais tradicionais, por não evidenciar  os intangíveis. Afirmam, já há tempo, os estudiosos que não se pode observar só os bens físicos. É necessário, também, incluir o intelectual e a riqueza imaterial para se ter uma real situação patrimonial da empresa.  Há uma   discrepância entre o valor de mercado e o que esta registrado nos livros. Serrano Cinca e Garcia (2000) assim se expressam sobre o assunto: “ A informação que hoje interessa a gerência da empresa e que não está suficientemente refletida nos balanços e documentos contábeis tradicionais, se refere a atividades de investigação e desenvolvimento, recursos humanos, trocas nos recursos e processo produtivos, capacidade de inovação e valor que contribuem os produtos para o consumidor”. E propõem: “Nos propomos que os ativos intangíveis se valorizam de uma forma mais objetiva possível. Uma vez valorizados, a proposta mais audaz e tratá-los contabilmente como ativos físicos, é dizer como ativos que se amortizam. Ignora-los ou contabiliza-los como gastos provoca distorções nos benefícios faz que as empresas com maior inovação apresentem balanços mais pobres. Além de, o custo histórico não está apropriado para estes ativos intangíveis: incluindo os que já se contabilizam, como as patentes, marca o franquias deveriam  refletir valor potencial ou de mercado”. 

Também Viñegla e Gasset (2000) afirmam: (...) atualmente na sociedade da informação, tanto o capital intelectual como outros fatores de natureza intangível tem inclusive mais valor que, por exemplo, o próprio imobilizado, razão suficiente que permitem de alguma maneira valoriza-los.      

 

            Os estudiosos criticam o Balanço patrimonial como ultrapassado quando não há menção aos intangíveis. O mesmo  não espelha a realidade do patrimônio em seu dinamismo.   Os intangíveis  são riquezas que fazem parte da empresa e há uma tendência futura de valoriza-los mais  que o próprio imobilizado.   

 

            Para isso, entretanto  é necessário primeiro entender quais são os componentes da riqueza intelectual.

 

            Nos diz Ramos (1998): “A noção de capital intelectual é em si uma extensão desta idéia de capital humano. O capital intelectual pode ser definido como o conhecimento, as habilidades, experiências,  intuição à atitudes da força de trabalho”.  

 

            E  segundo Skyrme (2000): “gradualmente uma classificação popular divide os bens intelectuais em três categorias”:

            Capital Humano- que informa o conhecimento individual, competência, experiência, know-how  etc.

            Capital Estrutural- “que é levado à noite para casa pelos empregados”: processos, informação, dados básicos etc.     

Capital Cliente – relação com clientes, marcas, marcas comerciais etc.

Esta classificação na contabilidade tradicional não se informa nem se mensura. O intelectual é um imaterial que atua sobre a riqueza como agente propulsor. É uma força que empurra algo para frente. É uma força transformadora da riqueza, de rara importância, na dinâmica do patrimônio da célula social. Essa transformação da riqueza é que interessa à contabilidade, como objeto de estudos.

 

INTELECTUAL E O MOVIMENTO

 

O movimento do meio patrimonial é motivado por influencia ambiental endógena e exógena. A influência ambiental endógena sobre o patrimônio é interna e, vem da direção ou do pessoal.  A influência ambiental exógena vem do mercado, do poder público, do fator climático, da energia elétrica, do câmbio etc. A influência ambiental endógena é competente para anular influência ambiental exógena que pode prejudicar a eficácia patrimonial. O estudo desta relação é importante para se conhecer melhor o fenômeno patrimonial.

INFLUÊNCIA DO INTELECTUAL SOBRE O FENÔMENO PATRIMONIAL

 

Segundo o Prof. Lopes de Sá: (Obra identificada na bibliografia) ‘O exame objetivo do fenômeno contábil nos mostra que ele decorre de todo um conjunto de eventos, ou seja, de um complexo de ocorrências, em regime de interação constantes”.

De acordo com o raciocínio do Prof. Nepomuceno (1996) extraído de seu artigo Ambientais Filosóficas temos: “A significação de fenômeno apreendido, neste caso, tem o sentido de ocorrência, de modificação do estado A para o estado B, devido à ação de agentes externos. O fenômeno  possui, pois, uma dinâmica (kinesis) que lhe altera o seu caráter próprio, a sua intimidade. Portanto, dessa forma, o fenômeno é compreendido como algo físico, pertencente ao mundo vivido, ao mundo da percepção sensível (coisa corpórea)”.

Também, Masi (apud Sá, 1997), em 1924, lecionou sobre o assunto assim se expressando: “Se examinarmos os fenômenos fundamentais de Contabilidade , não podemos deixar de reconhecer que eles requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna necessário observá-los, expô-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas pesquisas feitas como o subsídio de métodos especiais de investigação, próprios das ciências experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos. Ora, os fenômenos dos custos, das receitas, do rédito, das entradas e saídas financeiras, para lembrar só alguns dos mais evidentes fenômenos contábeis já por nós referidos, são todos investigados em sua fase de constituição e de evolução e apresentam problemas que sempre se apresentaram e sempre apresentarão”.

Já, Masi (apud Sá, 1997), ao estruturar o Patrimonialismo ensinava que: “a preocupação deve centrar-se em fenômenos e não em instrumentos que evidenciam esses mesmos fenômenos, e, em razão desses, preferencialmente no critério intuitivo”. Centrou suas reflexões no fenômeno patrimonial e desenvolveu uma monumental obra na contabilidade científica.

Garnier (apud Sá, 1997) na França, na década de 30, já mencionou em seus trabalhos o  fenômeno patrimonial. Ensinava ele que: “a arte de registrar é diferente da técnica de entender o que se registra e fala de uma economia de empresa”.

Hilário Franco, na década de 50 (apud Sá, 1957) evidenciou que o fenômeno patrimonial tinha  que ser  considerado sob a ótica do homem e não dos números apenas, pois esses eram suas  quantificações apenas e estas não surgiam porque as grandezas tivessem sempre as mesmas relações lógicas, mas porque sofriam efeitos distintos e quantificáveis provenientes de fatos humanos”.

E mais recente  o Prof. Lopes de Sá fundou o Neopatrimonialismo Contábil com uma estrutura holística e com a preocupação sobre o fenômeno contábil. E com admirável capacidade e competência vem desenvolvendo a reflexão sobre o fenômeno patrimonial. Nesta interação de influências se cria nova teoria. Assim, hoje, há uma preocupação em refletir sobre as influências que o intelecto exerce sobre o fenômeno contábil.

A  relação entre a força intelectual e o fenômeno patrimonial é bastante forte  e      pode dinamizar o fenômeno contábil e a ocorrência do fenômeno será mais      rápida e eficaz. A qualidade do intelecto humano vai determinar a eficácia ou ineficácia do fenômeno patrimonial. Da capacidade do dirigente em decidir e comandar e daquela dos funcionários em executar, dependerá sempre a maior probalidade de acerto e de eficácia nos negócios.

A DINÂMICA DO MEIO PATRIMONIAL POR INFLUÊNCIA INTELECTUAL

 

 Para um corpo se movimentar é preciso que haja atuação de uma força, também, o meio patrimonial se movimenta por ação de função e que representa a dinâmica do mesmo, sob a influência de elemento, quase todos ambientais. A influência exógena do mercado é comparável a  uma força que atua para intensificar ou diminuir a dinâmica do meio patrimonial. Assim, também, o fator intelectual  é comparável  a uma força que atua sobre o meio contábil. A influência intelectual pode levar o meio patrimonial a ser dinâmico ou  estático. O meio estático cria ociosidade  por falta de função e assim  inutilidade do meio patrimonial.

A lei da aceleração,  na física, estuda o aumento da velocidade de um corpo. Assim, também, devemos intensificar o giro do meio patrimonial: quanto mais rápido este giro maior será o resultado e mais rápido ele cumpre a sua função. Todo meio patrimonial tem uma função de utilidade cuja função terá  maior dinamismo quanto mais acelerado  for. A influência intelectual, neste caso, é fundamental para criar dinamismo no meio patrimonial. Um diretor que tenha conhecimento de gerenciamento fará funcionar melhor a dinâmica do capital do que aquela que não tenha este conhecimento. Veja o exemplo das duas pequenas empresas que iniciaram praticamente na mesma época. Uma tornou-se uma grande empresa e a outra ficou estagnada com o passar dos anos . Na 1a. a influência do conhecimento e outros fatores levaram a mesma a ser dinâmica e  influenciar o ambiente onde estava inserida, criando, também, uma dinâmica de mercado, influindo de uma forma positiva em toda uma comunidade. Esta comunidade  cresceu por influência da dinâmica patrimonial da empresa,  pois, a mesma, com sua prosperidade, criou mais empregos, mais bem estar, mais renda etc., etc...

Uma empresa pode ter mais bens intangíveis do que bens tangíveis. Segundo o Prof. Lopes de Sá (2000): “Existem empresas que  valem mais pela força de seus intangíveis que mesmo pela dos elementos corpóreos, como são muitos do ramo de informática e outras de altas especializações cientificas e de prestação de serviços. Onde não se pode desprezar uma avaliação, como riqueza efetiva, o que possuem de imaterial”.

Um patrimônio não se pode valorizar pelo que consta  no demonstrativo tradicional, pois, os mesmos não espelham a realidade patrimonial. Quando o balanço for publicado o patrimônio da célula social já não é o mesmo, isso, por influência ambiental.

Em conclusão, é possível admitir que não levará muito tempo para que a expressão quantitativa do patrimônio intangível venha a ser uma obrigação. Muito ajudará a compreensão do efetivo valor do capital, como afirmou, D’Auria , há mais de meio século, conhecer todos os seus potenciais. A questão não é só da célula em si, mas, de todos o conjunto social. Através da metodologia Neopatrimonialista, é possível abrir, com maior velocidade, esses portais, porque a doutrina lopesista é holística em seu conteúdo.

 

 

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