A Auditoria Interna e Gestão de Riso
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Cynthia de Amorim Rodrigues
O artigo apresenta a importância do papel da auditoria interna e da gestão de risco. Em relação a auditoria interna é assessorar a administração no desempenho de suas funções e responsabilidades e em relação a gestão de risco é esta presente em todos os processos da gestão, no planejamento estratégico e no plano operacional. As pesquisas foram realizadas com bibliografias de livros, fontes legais e internet. A realização do trabalho possibilitou visualizar a importância do controle interno, suas atividades, e seus objetivos em relação à auditoria.
Palavras – Chave : Auditoria interna1 , Gestão de risco2,
***Aluna do 6º período noite de Ciências Contábeis/PUC -MG
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo apresentar quais os processos de auditoria interna , bem como sua definição , objetivo, atividades, controles internos, risco de auditoria e gestão de risco. Mostra a importância da auditoria para auxiliar os administradores nos processos de controle tais como ambiente de controle, avaliação e gerenciamento dos riscos, atividades de controle, informação e monitoriamento. Em relação a gestão de risco vem desenvolvendo métodos para evitar e/ou controlar os riscos operacionais da empresa.
As melhores decisões irão moldar os objetivos a serem alcançados e minimizar as deficiências departamentais e estruturais de cada setor. Considerando que cada atitude pode ter como resultado melhoras consideráveis ou declarar prejuízos até mesmo fechamento de uma empresa.
Ao desenvolver este artigo, tem-se a pretensão de mostrar sua relação direta ao melhor atendimento e aproveitamento econômico das empresas.
DESENVOLVIMENTO
Auditoria Interna
“Podemos definir auditoria interna como, uma auditoria que compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.” (http://www.portaldeauditoria.com.br ACESSO EM 02/11/06).
Conforme a definição acima podemos observar que a auditoria tem objetivo de auxiliar diretamente a administração da entidade apresentando várias possibilidades para alcançar um melhor desempenho da mesma, apresentado informações fidedignas a partir da análise, avaliações e levantamentos. A Auditoria Interna torna possível a melhor decisão, prevendo ou minimizando os riscos.
A Auditoria Interna vem passando por mudanças bastante profundas, que envolvem não só alterações no instrumental e na metodologia, como também a sua própria função nas empresas. A auditoria interna vem desenvolvendo um papel importante nas empresas para assessorar a administração na sua atividade, funções e responsabilidades. Não é objetivo da auditoria descobrir erros ou fraudes, isto é conseqüência do trabalho realizado, pois a auditoria deve planejar o seu trabalho avaliando os riscos de sua ocorrência, de forma a ter probabilidade de detectar erros ou fraudes que possam afetar nas demonstrações contábeis. O auditor deve comunicar a administração sobre qualquer erro ou fraude que tenham sido detectados.
A Auditoria Interna geralmente tem sua preocupação voltada para a empresa como um todo e funciona com os olhos da administração.
De acordo com a definição acima, o objetivo principal dos controles internos é auxiliar a entidade atingir suas metas. Em síntese podemos dizer que a auditoria interna tem por objetivo:
- Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações.
- Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes.
- Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e econômica
- Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário, comprovar sua existência real.
- Examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são executados de acordo com o que foi planejado.
- Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas.
Atividade e Responsabilidade da Auditoria Interna
Quanto a sua atividade, a auditoria deve abranger o estudo dos controles internos aplicáveis às operações e atividades departamentais e à confirmação da fidedignidade dos valores expressos nas demonstrações financeiras em todas as empresas associadas, de caráter permanente, ligadas à matriz.
Segundo (RESOLUÇÃO CFC 986/03) a atividade da auditoria interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meios da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.
A responsabilidade da auditoria interna tem a responsabilidade de desenvolver suas tarefas em todas as empresas associadas, de caráter permanente, e em todos os locais aplicáveis, analisando as políticas, procedimentos, usos e costumes, documentação, sistemas e métodos, para buscar eficiência, o aprimoramento e a padronização dos controles aplicáveis às operações e atividades pertinentes às empresas.
Processo do Controle Interno
Conforme o texto organizado pelo professor Othon Mello, o processo do controle interno é constituído de 5 elementos, que estão interrelacionados entre si. São eles:
Ambiente de Controle
Avaliação e Gerenciamento dos Riscos
Atividade de Controle
Informação e Comunicação
Monitoramento
Ambiente de controle é a consciência de controle da entidade, sua cultura de controle. Ambiente de controle é efetivo quando as pessoas da entidade sabem quais são suas responsabilidades, os limites de sua autoridade e se têm a consciência, competência e o comprometimento de fazerem o que é correto da maneira correta.
A existência de objetivos e metas é condição “sine qua non” para a existência dos controles internos. Se a entidade não tem objetivos e metas claros, não há necessidade de controles internos.
Uma vez estabelecidos e clarificados os objetivos, deve-se:
- Identificar os riscos que ameaçam o seu cumprimento;
- Tomar as decisões necessárias para o gerenciamento dos riscos identificados.
A avaliação de riscos é uma responsabilidade da administração, mas cabe à Auditoria Interna fazer uma avaliação própria dos riscos, confrontando-a com a avaliação feita pelos administradores. A identificação e gerenciamento dos riscos é uma ação proativa, que permite evitar surpresas desagradáveis.
São aquelas atividades que, quando executadas a tempo e maneira adequados, permitem a redução ou administração dos riscos. As atividades de controle são de prevenção (que pode evitar o risco) e de detecção (que vai identificar o risco ocorrido).
A comunicação é o fluxo de informações dentro de uma organização e deve ocorrer em todas as direções e em todos os níveis hierárquicos. Ela é essencial para o bom funcionamento dos controles podendo ser formal ou informal, o importante é que busque o equilíbrio entre estas duas formas.
O processo formal ocorre através dos sistemas internos de comunicação que podem variar desde complexo sistemas computacionais a simples reuniões de equipes de trabalho. Já o processo informal, que ocorre em conversas e encontros com clientes, fornecedores, autoridades e empregados.
O monitoramento é importante para que possibilite a avaliação dos controles internos ao longo do tempo. Ele é o melhor indicador para saber se os controles internos estão sendo efetivos ou não.
O monitoramento é feito tanto através do acompanhamento contínuo das atividades quanto por avaliações pontuais, tais como auto-avaliação, revisões eventuais e auditoria interna.
A função do monitoramento é verificar se os controles internos são adequados e efetivos. Se as Leis, regulamentos e normas estão sendo cumpridos.
Gestão de Risco
Gestão de risco é um tema que vem merecendo constante atenção das grandes corporações. Em um mundo globalizado conhecer a variável risco é um diferencial competitivo dos mais importantes e por isso novas funções relacionadas a esta gestão vêm surgindo e merecendo o devido destaque. São os Risk Officers ou Assessores de risco, os responsáveis pelo mapeamento de situações no ambiente empresarial que possam impedir o alcance dos objetivos corporativos e / ou operacionais. Entretanto, outros profissionais, estão se valendo dos mesmos conhecimentos para agregar maior valor a sua atividade, são eles, os Auditores Internos e Externos.
Nesta mesma linha eles vêm desenvolvendo trabalhos com metodologias que contemplam o mapeamento de riscos que estão relacionadas aos controles internos e com as demonstrações financeiras, ou seja, os riscos operacionais.
Riscos da Auditoria Interna
A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas. (http://www.portaldeauditoria.com.br ACESSO EM 02/11/06).
Metodologia da Gestão de Risco
Alguns passos devem ser seguidos para uma eficiente Gestão de Risco, são eles:
- Identificação e sistematização dos riscos que afetam a organização (linguagem comum): definição e agrupamento dos riscos (dicionário e matriz de riscos);
- Avaliação e atribuição de grau de criticidade e prioridade aos riscos, em função do impacto nos objetivos de negócios e probabilidade de ocorrências;
- Identificação das causas dos riscos mais importantes;
- Avaliação das estratégias (opções) de gestão de risco;
- Desenvolvimento de um plano de ações de gestão de risco e integração nos processos de planejamento e de gestão das unidades e das funções da Empresa;
- Monitorização e reporte do progresso de implementação do plano de ações.
A auditoria e gestão de riscos conduz a empresa nos seus objetivos, através de uma abordagem sistemática e estruturada de desenvolvimento e avaliação da eficácia da gestão e controle dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação.
CONCLUSÃO
Com base no artigo apresentado pode-se perceber a importância da auditoria interna e gestão de risco nas empresas. O auditor deve desempenhar sua função com todo profissionalismo que sua profissão exige.
Em uma administração pode ocorrer algum risco, mas, contudo, com uma boa e eficiente auditoria estas questões serão detectadas e sanadas em tempo hábil. A utilização dos cinco elementos do processo de Controlo Interno, sempre interrelacionados entre si, juntamente com os passos de sua metodologia, a auditoria se torna eficaz em sua totalidade.
A sua atividade deve abranger todo o estudo dos controles internos aplicáveis às operações, confirmando as fidegnidades dos valores expressos nas demonstrações financeiras. O auditor interno pode ser um funcionário da própria empresa, com isso, deve auxiliar a mesma sob algum erro ou fraude.
Contudo, pode-se concluir a imensa contribuição da Auditoria Interna no auxílio das empresas, impulsionando alcançar seus objetivos, proporcionando sua exatidão e estruturando melhor o aproveitamento de suas potencialidades.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria um Curso Moderno e Completo , 5ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 1996.
ATTIE, William. Auditoria interna . São Paulo: Ed. Atlas, 1992.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC 986/03 da NBC T 12 – Normas da Auditoria Interna.
NORMAS DE AUDITORIA – Portal de Auditoria, Conceituação e Disposições Gerais. Disponível em: www.portaldeauditoria.com.br, acesso em: 02 nov.2006.
1 conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e as informações fiscais, contábeis, financeiras e operacionais da entidade.
2 Gestão de riscos conduz a empresa nos seus objetivos, através de uma abordagem sistemática e estruturada de desenvolvimento e avaliação da eficácia da gestão e controle dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação.