A modernização da Cotonicultura e o papel da Contabilidade numa Cultura em Expansão

 

 

Jacqueline Martins de Souza – aluna graduando no curso de ciências contábeis Puc/Minas

Jackson - aluno graduando no curso de ciências contábeis Puc/Minas

João Batista Rodrigues - aluno graduando no curso de ciências contábeis Puc/Minas

 

 

 

 

 

Resumo

 

Nos últimos tempos temos vivenciado a era Modernização, com a revolução industrial tivemos a modernização de todos os setores da economia, os trabalhos foram deixando de ser manuais e sendo absorvidos por máquinas agilizando os processos e atingindo perfeições e eficiência o que proporciona uma maior rentabilidade em todos os ramos de atividades.

 

Aborda-se nesse artigo a modernização da cotonicultura no Brasil e o papel da Contabilidade numa economia em expansão. A modernização exige sobretudo planejamentos objetivando aproveitar os recursos tecnológicos existente, e aplica-los de forma eficiente, trazendo rentabilidade para a organização.

 

 

 

Palavras Chave: Cotonicultura, Modernização, Contabilidade

 

 

 

 

 

Summary 

 

In the last times we have existence the era Modernization, with the industrial revolution we had the modernization of all the sections of the economy, the works went stopping being manual and being absorbed by machines activating the processes and reaching perfections and efficiency that it provides a larger profitability in all the branches of activities.  

 

It is approached in that article the modernization of the cultivation cotton in Brazil and the paper of the Accounting in an economy in expansion. The modernization demands plannings above all objectifying to take advantage of the existent technological resources, and you apply them in an efficient way, bringing profitability for the organization. 

 

 

 

Words Key: Cultivation cotton, Modernization, Accounting

 

 

 

            A produção do Algodão no mundo aumentou de forma significativa nas últimas décadas, apresentando-se como uma Economia em Expansão, nos anos 80 e 90 os maiores produtores mundiais são: a China, Estados Unidos e a Índia que juntas detinham 56% da produção mundial e eram os grandes exportadores do produto.

 

Nas décadas de 80 e 90 o Brasil teve uma Crise significativa na cultura de algodão, a produção interna estava respondendo por aproximadamente 40% do consumo interno. O aumento nas importações que estava ocorrendo ao longo dos anos posicionava o Brasil em 1997, como um dos maiores compradores mundial de algodão o que estava onerando a balança comercial em torno de 1 bilhão.

 

            A crise da Cotonicultura está associada a diversos fatores sendo os principais o caso da abertura econômica que ocasionou uma rápida diminuição das tarifas de importação, que passaram de 55% em 1987/88 a 0% em 1990/91. Nesse período os Estados Unidos estava passando por um período de grandes safras, com a crise brasileira, boa parte dessa produção foi comprada pelo Brasil.

 

Diante da crise que afetou pesadamente as regiões produtoras Brasileiras em especial o Norte do Paraná e o pontal do Paranapanema, São Paulo, pequenos e médios produtores começaram a abandonar seus negócios ou começaram a cultivar outros produtos ou deixaram o campo por não suportarem a concorrência. Em contrapartida cotonicultura ia sendo redesenhada, grandes produtores da região do Centro Oeste encontraram no algodão uma alternativa extremamente rentável.

 

A Cotonicultura tradicional sempre foi baseada em pequenas propriedades, muitas vezes arrendadas e em colheita manual. As algodoeiras por sua vez não pagavam os produtores pela qualidade e sim pelo seu peso, a busca pela produtividade associada a qualidade fez com que o algodão colhido manualmente tivesse uma qualidade inferior ao colhido mecanicamente. Um outro fato importante a ressaltar é a relação custo benefício e qualidade, o algodão colhido mecanicamente tinha um custo 100% mais baixo ao colhido manualmente além da qualidade que era melhor.

 

A Cotonicultura no Brasil tem uma nova concepção, o negocio recebeu uma melhor organização desde sua produção chegando mesmo a fiação, tornando ela uma cultura competitiva baseada no plantio em escala e mecanizada, a escolha dos locais mais planos e adequados a mecanização é o que tornou-a em uma Cultura mais rentável, propiciando ao Brasil deixar de ser importador tornando exportador do produto.

 

A modernização da Cotonicultura influenciou muito nos resultados econômicos das Empresas, com a produção em série e mecanização o Brasil conseguiu alcançar um melhor posicionamento no mercado internacional passando a ser um grande importador de algodão. Vale lembrar a participação do governo Federal e Estadual nesse avanço, pois além de aumentar o crédito rural nos anos 97/98, vem apresentando projetos de investimentos e incentivos fiscais estimulando o investimento no setor.

 

Com a Modernização da Cotonicultura o pequeno negócio se transformou em um grande negocio adquirindo mercado nacional e internacional, saindo da recessão e iniciando a expansão, gerando assim maior responsabilidade e profissionalismo de seus administradores que tiveram que também se modernizar para alavancar seus negócios.

 

A contabilidade como uma ferramenta de controle gerencial, fornece dados que possibilitam a apuração do custo dos produtos, o que é muito utilizado na formação dos preços. No caso do algodão em expansão passamos a ter basicamente dois produtos que são o algodão em caroço e o algodão em pluma além da precificação para o mercado interno e o mercado externo.  No caso do algodão em pluma o produto recebe um beneficiamento nas algodoeiras intermediárias agregando um maior valor.

 

Um outro fato que a contabilidade teve que passar a observar foi a taxa de câmbio pois uma parcela do lucro deve-se ao cambio. Muitos produtos são quotados em dólar podendo se concluir que, se o dólar cai excessivamente, juntamente perdemos uma boa parte do nosso lucro.

 

As Cias de Algodão passaram a trabalhar com capital de terceiros adquirindo financiamento junto aos órgãos nacionais e até mesmo internacionais como o caso das colheitadeiras que são importadas, além disso o governo motivou a alavancagem do negocio concedendo incentivos através de financiamentos e incentivos fiscais.

 

Em Minas foi implantada  a Lei nº 14.559, de 30 de dezembro de 2002, pelo  Poder Executivo em articulação  com  os  setores produtivo   e  agroindustrial  do  algodão,  neles  incluídos   os agricultores, as usinas de beneficiamento, as indústrias têxteis e outras  ligadas  ao agronegócio do algodão, especialmente  aquelas que utilizam matéria-prima oriunda do Estado. Objetivando recuperar e expandir a cultura do algodão no Estado, com vistas a  suprir  a  demanda  da  indústria  mineira  e  a  gerar excedentes exportáveis; estimulando  investimentos públicos e  privados  para  o desenvolvimento sustentado da atividade; e gerar oportunidades de emprego, aumentando a renda  nas regiões produtoras.

 

O Decreto nº 43.508, de 08 de agosto de 2003, regulamentou a Lei 14.559, que assegurando a redução do ICMS de 12% para 7%, com efeito retroativo até a data de 21 de junho de 2003. A lei criou o Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), no âmbito do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural (Funderur), com a finalidade de estabelecer mecanismo de fomento à cotonicultura no Estado. 

 

Com criação do Proalminas a expectativa é de que em 4 anos, safra de 2006/2007, a área plantada seja em torno de 120.000 hectares para uma produção aproximada de 150.000 toneladas de algodão, cerca de 5.000 produtores e 254.000 empregos, indiretamente, atingindo, assim a auto-suficiência. Como resultado destas medidas para a retomada da cotonicultura, surgirão melhoria da qualidade de vida do produtor, aquecimento do comércio regional, aumento da oferta de emprego na área rural e urbana (indústria têxtil) e incremento na arrecadação de impostos.

 

Considerações Finais

 

Atualmente, a cotonicultura brasileira é caracterizada por seu alto nível tecnológico com cultivos em grandes extensões que demandam grandes recursos e um perfil empresarial dos produtores, além do seu elevado nível de especialização.


            O Brasil possui todas as condições para atender a crescente demanda mundial pela fibra de algodão. Temos área disponível, solo adequado para o plantio, tecnologia em nível internacional e o mais importante, produtores motivados em retomar o plantio de uma cultura que, na década de 70, levou o Brasil a figurar entre os cinco maiores exportadores de pluma de algodão do mundo.

 

Referência Bibliográfica:

 

Lei nº 14.559, de 30 de dezembro de 2002;

 

Decreto Nº 43.508, De 08 De Agosto De 2003;

 

www.netsite.com.br;

 

www.seagri.ba.gov.br;

 

www.cnpa.embrapa.br;

 

www.netbabillons.com.br.