PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

Curso de Ciências Contábeis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO SOCIAL DOS BALANÇOS SOCIAIS DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Kênia Alves Coura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Belo Horizonte

2008

 

 
Kênia Alves Coura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO SOCIAL DOS BALANÇOS SOCIAIS DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS

 

 

 

 

 

 

 

 

Monografia apresentada à disciplina de Monografia II, do Curso de Ciências Contábeis do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais da PUC-Minas.

 

Prof. Orientador: José Luiz Faria

 

Área: Contabilidade Estratégica

 

Entidade: Companhia Energética de Minas Gerais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Belo Horizonte

2008

 

 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

Curso de Ciências Contábeis

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho de Monografia apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da PUC Minas como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO SOCIAL DOS BALANÇOS SOCIAIS DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO DAS AVALIAÇÕES

1. Do Professor Orientador                                                      __________

2. Da Apresentação oral                                                          __________

3. Média Final                                                                __________

CONCEITO                                                                                     __________

 

 
AGRADECIMENTOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agradeço a Deus por toda força concedida e a meus pais pelo apoio durante essa jornada.

Aos amigos da CEMIG que tornaram possível a realização deste trabalho.

Aos professores pelos ensinamentos, base do aprimoramento de minha profissão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
LISTA DE FIGURAS

 

 

FIGURA 1 Pesquisa de Clima........................................................... 29

FIGURA 2 Projetos Sociais de destaque da CEMIG.............................. 31

FIGURA 3 Valor Adicionado de 2003 a 2007...................................... 34

FIGURA 4 Distribuição do Valor Adicionado por segmento...................  34

FIGURA 5 Investimentos em meio ambiente..................................... 42

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
LISTA DE SIGLAS

 

 

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica

 

CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais

 

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

 

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

 

DVA – Demonstração do Valor Adicionado

 

IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas

 

RSC – Responsabilidade Social Corporativa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................         ..8

1.1 Formulação do problema.......................................................          ..8

1.2 Metodologia de pesquisa.......................................................         11

1.3 Estrutura do trabalho............................................................14

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................         15

2.1 Histórico do Balanço Social................................................... 15

2.1.1 Balanço Social no mundo................................................... 15

2.1.2 Balanço Social no Brasil.....................................................          16

2.2 Contabilidade Social..............................................................         17

2.3 Balanço Social.......................................................................         18

2.3.1 Etimologia da palavra.........................................................         18

2.3.2 Definição............................................................................         19

2.4 Responsabilidade Social Corporativa.....................................          20

2.5 Entidades disseminadoras do conceito de Responsabilidade SocialCorporativa........................................................................         21

2.5.1 Instituto Ethos...................................................................          21

2.5.2 IBASE.................................................................................         22

2.6 Demonstração do Valor Adicionado....................................... 23

2.6.1 Obrigatoriedade de Divulgação.......................................... 24

 

3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...............................................          25

 

4 DESENVOLVIMENTO.................................................................          27

4.1 Responsabilidade Social – Setor Elétrico...............................          27

4.1.1 A Responsabilidade Social na CEMIG..................................          27

4.1.1.1 Recursos Humanos..........................................................          27

4.1.1.2 Cultura e Sociedade........................................................ 30

4.1.1.3 Meio Ambiente................................................................          32

4.1.1.4 Valor Adicionado.............................................................          33

4.2 O Balanço Social da CEMIG....................................................         34

4.2.1 Obrigatoriedade de divulgação...........................................          34

4.2.2 Modelo adotado..................................................................         35

4.2.3 Necessidade de divulgação................................................ 36

4.2.4 Os beneficiários.................................................................          37

4.2.5 Análise dos Indicadores.....................................................          37

4.2.5.1 Indicadores Sociais Internos...........................................          38

4.2.5.2 Indicadores Sociais Externos.......................................... 40

4.2.5.3 Indicadores Ambientais.................................................. 41

4.2.5.4 Análise Geral...................................................................         43

 

 
5 CONCLUSÃO.............................................................................         46

 

REFERÊNCIAS.............................................................................          47

 

ANEXOS......................................................................................         49

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

1.1 Formulação do problema

 

 

          Durante muito tempo as demonstrações contábeis foram direcionadas única e exclusivamente aos gestores de empresas, para o atendimento de necessidades internas. Posteriormente, com o crescimento e desenvolvimento das organizações, as demonstrações contábeis transformaram-se em informações externas para investidores, credores, fisco e outras entidades interessadas no patrimônio das empresas.

A partir dos anos 60, nos Estados Unidos da América, e na década de 70, na Europa, a sociedade passou a cobrar maior responsabilidade social das organizações e, conseqüentemente, o uso das demonstrações contábeis foi expandido para fins sociais.

A empresa para atingir seus fins consome recursos naturais, utiliza capitais financeiros, tecnológicos e também a capacidade de trabalho da comunidade em que está inserida, por fim, subsiste em função da organização do Estado. Assim, a empresa gira em função da sociedade e do que a ela pertence, portanto, deve em troca, no mínimo, prestar-lhe contas da eficiência com que usa esses recursos.   

          Nessa perspectiva, encontra-se o Balanço Social, uma demonstração que permite identificar e demonstrar os impactos recebidos e causados pela organização em relação aos ambientes social e ecológico.   

        A Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, considerada uma empresa responsável, pratica e apóia diversos projetos de cunho social e ambiental, confeccionando Balanços Sociais desde o ano de 2001.

Portanto, diante do exposto, estipulou-se como pergunta do problema: é possível verificar por meio dos Balanços Sociais da CEMIG se houve, em termos numéricos, uma evolução de seus investimentos sociais e ambientais?

          O objetivo geral desta pesquisa foi verificar se houve um crescimento dos investimentos sócio-ambientais da CEMIG por meio de seus Balanços Sociais.

          Já os objetivos específicos consistiram em:

        A escolha do tema justificou-se pela crescente importância que a sociedade e as corporações conferem à área de responsabilidade social, uma vez que, pesquisas recentes demonstram que tem elevado o número de empresas que investem em projetos sociais e também aquelas que passaram a confeccionar e publicar relatórios sócio-ambientais.

        As corporações perceberam que, mais do que fazer filantropia, ações sustentáveis são uma excelente estratégia de negócios, podendo trazer resultados de médio e longo prazos.

        Hoje já não é mais suficiente avaliar uma empresa com base em seu Balanço Financeiro, é preciso olhar para todos os outros indicadores que irão demonstrar se as empresas estão preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais.

É neste contexto que o Balanço Social vem auxiliando empresas a prestar contas de suas atividades e de seus impactos no meio em que está inserida. Ao publicá-lo as corporações expõem suas políticas internas e externas, evidenciando o que faz por seus profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade. Com isso, dão transparência às suas atividades, tornando públicos seus compromissos com o desenvolvimento sustentável.

        O tema da referida pesquisa é também de fundamental importância para a Ciência, por servir de referência para novos estudos; para o acadêmico, por trazer conhecimentos interdisciplinares e também por ser seu primeiro trabalho científico.

        Todas as informações necessárias para a realização da pesquisa foram coletadas de livros, revistas, jornais, sites e dados da empresa que continham o tema em destaque a ser apresentado. Além, obviamente, dos  Balanços Sociais da CEMIG, referentes aos anos de 2003 a 2007.

          O trabalho tornou-se relevante devido às atuais discussões sobre a transparência das organizações como princípio de credibilidade perante a sociedade. Neste sentido, o Balanço Social é um instrumento contábil que possibilita à sociedade ter conhecimento dos atos sociais realizados pelas empresas de pequeno, médio e grande porte.

Esse conhecimento se processa mediante a divulgação de um conjunto de informações relevantes, normalmente agrupadas em indicadores (como por exemplo, indicadores laborais, sociais e do corpo funcional) que evidenciam, dentre outros, os gastos e investimentos das empresas feitos em benefício dos empregados e em benefício da comunidade a que estão vinculadas em suas respectivas regiões de atuação.

O Balanço Social, na sua definição mais ampla, inclui, ainda, informações sobre o meio-ambiente, formação e distribuição da riqueza gerada pelas empresas (valor adicionado) e, quando apresentado em conjunto com as demonstrações financeiras tradicionais, é efetivamente o instrumento mais eficaz e completo de divulgação e avaliação das atividades empresariais.

        Os termos que serão conceituados e individualmente descritos são:

·         Contabilidade Social

·         Responsabilidade Social

·         Stakeholders

·         Indicadores

·         IBASE

·         Instituto Ethos

 

 

1.2 Metodologia de pesquisa

 

 

        Segundo Vergara (2007), a pesquisa realizada foi classificada em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.

        Quanto aos fins foi descritiva.

 

A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. (VERGARA, 2007, p.47).

 

        O objetivo principal desta pesquisa foi verificar a existência de um crescimento nos investimentos sócio-ambientais da CEMIG em relação à sua receita líquida, por meio de seus Balanços Sociais, num dado período.

        Quanto aos meios foi documental, bibliográfica e estudo de caso.

 

Investigação documental é a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros. (VERGARA, 2007, p.48).

       

Na elaboração da pesquisa foram utilizados relatórios internos, informações disponibilizadas na intranet da empresa e alguns de seus Balanços Sociais.

 

Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. (VERGARA, 2007, p.48).

 

        O material aplicado neste trabalho foi extraído de textos ligados ao tema da pesquisa, obtidos através de livros, jornais, artigos e meios eletrônicos.

Estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo. (VERGARA, 2007, p.49).

 

        Para o estudo de caso foram coletadas informações referentes ao Balanço Social da CEMIG no setor de Contabilidade da mesma.

Quanto ao universo e amostra pode-se dizer que pretendem “definir toda a população e a população amostral.” (VERGARA, 2007, p.50).

          Entende-se por universo o “conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objeto de estudo.” (VERGARA, 2007, p.50).

        O universo da pesquisa refere-se às Demonstrações Contábeis da CEMIG. 

“Amostra é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum critério de representatividade.” (VERGARA, 2007, p.50).

A amostra escolhida foi os últimos cinco Balanços Sociais publicados pela CEMIG, juntamente com a DVA (Demonstração do Valor Adicionado) de cada ano.

        Com relação aos sujeitos da pesquisa pode-se dizer que “são as pessoas que fornecerão os dados de que você necessita. Às vezes, confunde-se com “universo e amostra”, quando estes estão relacionados com pessoas.” (VERGARA, 2007, p.53).

        Os sujeitos da pesquisa foram os funcionários do departamento de Contabilidade da CEMIG, pois possuem os dados referentes ao tema em questão.

“Na coleta de dados, o leitor deve ser informado como você pretende obter os dados de que precisa para responder ao problema.” (VERGARA, 2007, p.54).

Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica e investigação documental, que justificaram-se à medida que contribuíram para o levantamento dos principais dados envolvendo os Balanços Sociais da CEMIG.

Tratamento dos dados refere-se àquela seção na qual se explicita para o leitor como se pretende tratar os dados a coletar, justificando por que tal tratamento é adequado aos propósitos do projeto. Objetivos são alcançados com a coleta, o tratamento e, posteriormente, com a interpretação dos dados; portanto, não se deve esquecer de fazer a correlação entre objetivos e formas de atingi-los. (VERGARA, 2007, p.59).

 

        Todos os dados coletados foram analisados cuidadosamente e foram selecionadas as melhores e mais claras informações sobre o assunto, a fim de responder à problemática e aos objetivos propostos, demonstrados em forma de resumo.

 

Todo método tem possibilidades e limitações. É saudável antecipar-se às críticas que o leitor poderá fazer ao trabalho, explicitando quais as limitações que o método escolhido oferece, mas que ainda assim o justificam como o mais adequado aos propósitos da investigação. (VERGARA, 2007, p.61).

 

        Para elaborar a pesquisa houve pouca dificuldade, pois o assunto vem sido bastante discutido entre os profissionais da área contábil. Inicialmente observou-se que não existem muitos livros específicos sobre o assunto, mas pode ser encontrado em artigos de jornais, revistas e meios eletrônicos.

        Para Vergara (2007), o cronograma “refere-se à discriminação das etapas do trabalho com seus respectivos prazos” e como proposto, foi cumprido dentro dos prazos estabelecidos.

 

 

 

1.3 Estrutura do trabalho

 

 

        Este trabalho está estruturado em cinco capítulos.

        O capítulo um tratou de apresentar a formulação do problema, os objetivos a serem tratados ao longo do trabalho e a metodologia de pesquisa utilizada para o desenvolvimento do mesmo.

        Em seguida, no capítulo dois, o referencial teórico serviu de base para elaboração do trabalho destacando as dez palavras chave da pesquisa.

        A caracterização da empresa apresentada no caso prático foi elaborada no capítulo três.

        O capítulo quatro demonstra a parte prática, ou seja, a análise dos resultados obtidos.

        O último capítulo é a conclusão à cerca de toda pesquisa elaborada, respondendo o problema da questão.

 

 

 

 

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

 

 

2.1 Histórico do Balanço Social

 

 

Segundo Shenini (2005), as pressões de movimentos sociais sobre as empresas, fazendo com que estas divulguem informação socioeconômica juntamente com seus relatórios contábeis, resultaram no que hoje se chama de Balanço Social.

 

 

2.1.1 Balanço Social no mundo

 

 

        De acordo com Tinoco (2001), a experiência na elaboração do Balanço Social é bem recente. Tudo começou na década de 60 nos Estados Unidos da América e na Europa, especialmente na França, na Alemanha e na Inglaterra.

        Foi nos EUA que pela primeira vez a noção de responsabilidade social deu lugar ao debate. A guerra no Vietnã foi seu estopim, o que fez com que a população a repudiasse, dando início a um movimento de boicote à aquisição de produtos e ações de algumas empresas ligadas ao conflito, especialmente as que estavam envolvidas diretamente com a fabricação de armamentos de guerra.

A sociedade exigia uma nova postura ética e a partir desse movimento diversas empresas passaram a prestar contas de suas ações e objetivos sociais. Assim, surgiram os primeiros relatórios socioeconômicos, que procuravam descrever as relações sociais na empresa.

        Os EUA foram os pioneiros na prestação de contas ao público, mas foi a França o primeiro país do mundo a ter uma lei que obriga as empresas que tenham mais de 300 funcionários a elaborar e publicar o Balanço Social. Também conhecida como Rapport Sudreau, a Lei nº 77.769 de 12 de julho de 1977, prende-se a informar ao pessoal o clima social na empresa e a evolução do efetivo, ou seja, estabelecer as performances da empresa no domínio social.

Atualmente, diversos outros países da Europa também adotam a obrigatoriedade da elaboração do Balanço Social: Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Holanda, Espanha e Portugal.

 

 

2.1.2 Balanço Social no Brasil

 

 

        Conforme Schenini (2005), a idéia de Balanço Social no Brasil começou a ser difundia na década de 70 e somente nos anos 80 surgiram os primeiros balanços sociais de empresas. A partir da década de 90 corporações de diferentes seguimentos passaram a publicar Balanço Social anualmente.

        A proposta, no entanto, só ganhou visibilidade nacional quando o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, por intermédio do IBASE, lançou em junho de 1997, em ato público realizado no Rio de Janeiro, uma campanha pela divulgação voluntária do Balanço Social. Com o apoio e a participação de lideranças empresariais, a campanha decolou e vem suscitando uma série de debates através da mídia, seminários e fóruns.

        Hoje é possível avaliar o resultado desta iniciativa e afirmar que o processo de construção de uma nova mentalidade e de novas práticas no meio empresarial está em pleno curso.

 

 

 

 

 

2.2 Contabilidade Social

 

 

Para Kroetz (2001), o novo perfil teconológico-econômico-social, exigido pelo mundo globalizado, requer que a Contabilidade evolua no sentido de prestar informações atualizadas, observando as conseqüências das mutações patrimoniais no ambiente social e ecológico, não ficando presa à divulgação de demonstrações eminentemente financeiras.

        Dessa maneira, a Contabilidade pode oferecer, conjuntamente aos profissionais da área, um arsenal capaz de gerar, demonstrar e analisar o perfil da responsabilidade sócio-ambiental das organizações.

       

A Contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza patrimonial individualizada, sob os aspectos quantitativos e qualitativos, tendo como objetivos a geração de informações e a explicação dos fenômenos patrimoniais, possibilitando o controle, a análise, a avaliação, o planejamento e a tomada de decisão, no enfoque passado/presente/futuro. Tudo isso servindo aos mais diversos usuários, para que eles possam, por meio de seus atos, buscar a prosperidade da entidade e da sociedade. (KROETZ, 2001, p.21).

 

        A Contabilidade estuda, controla, avalia e analisa o patrimônio das organizações, registrando todos os fatos ocorridos, para demonstrar a qualquer momento seu estado e suas variações.   

Assim, busca-se mostrar o alcance atual dessa ciência, chamando atenção para um vasto campo ainda a ser explorado, especificamente, na área social, que merece maior dedicação dos estudiosos, com o intuito de encontrar uma forma de demonstrar e de explicar a qualidade, a eficiência e a eficácia dos efeitos ocasionados no patrimônio das entidades.

        Desse modo, o desenvolvimento da Contabilidade Social faz-se necessário, uma vez que a sociedade exige cada vez mais das organizações, por meio de seus gestores, maior clareza em suas ações, para que possam ser responsabilizados por seus atos, e para que o cidadão consumidor tenha opção de escolha no momento em que adquire seus produtos, observando não apenas preço e qualidade, mas também a relação entre organização, meio ambiente e comunidade.

 

A contabilidade Social pode ser compreendida como uma parte da ciência contábil que procura estudar os impactos dos fenômenos patrimoniais nas entidades (especificamente em relação aos funcionários), na sociedade e no meio ambiente. (KROETZ, 2000, p.53).

 

        Para se atingir o fim dessa especialidade, a organização deve adotar uma gestão participativa, envolvente e comprometida com todas as camadas que formam o sistema social e organizacional, demonstrando as mutações quantitativas e qualitativas por meio do Balanço Social, que tem a função de complementar as demonstrações já, tradicionalmente, extraídas dos registros contábeis.

        No entanto, o conceito de Contabilidade Social permanece ainda muito pouco aplicável. Não é surpreendente, portanto, que poucas organizações tenham-se arriscado a publicar Balanço Social que contenha em seu espírito dupla intenção: a primeira, de prestar conta das ações benéficas originadas pelas entidades no meio em que atua e, a segunda, de prever e controlar as medidas que poderão ter conseqüência sobre a sociedade e o meio ambiente.

 

 

2.3 Balanço Social

 

 

2.3.1 Etimologia da palavra

 

 

Segundo Kroetz (2000), a expressão Balanço Social apresenta um inconveniente, pois é imprecisa e não designa senão imperfeitamente o que quer significar. A palavra balanço tem o mesmo sentido de balança, compreendendo a noção de equilíbrio. Sua origem vem do termo latim bilancis (Bi = dois; Lancis = pratos de balança).

       

Assim, a denominação Balanço Social parece não ser a mais indicada, pois não representa a noção de equilíbrio, sendo mais um relatório de prestação de contas da entidade para com a sociedade, do que propriamente um balanço, mesmo sabendo-se que existem algumas proposições de demonstrar tais informações utilizando-se o método das partidas dobradas. (KROETZ, 2000, p.77).

 

        Alguns autores entendem que a expressão utilizada deveria ser relatório de informação social. Apesar de ser mais precisa apresenta o inconveniente de não ter muita repercussão, pois a nomenclatura convencionada já vem sendo divulgada e aceita acerca de algumas décadas em nível mundial.

 

 

2.3.2 Definição

 

 

Balanço Social é um instrumento de gestão e de informação que visa evidenciar, da forma mais transparente possível, informações econômicas e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários, entre estes os funcionários. (TINOCO, 2001, p.14).

 

 

        As organizações, por meio do Balanço Social, comunicam com exatidão e diligência os dados de sua atividade, de modo que a comunidade e os diversos grupos participantes nas operações possam avaliá-la, compreendê-la e, se julgarem oportuno, criticá-la.

          Com relação aos funcionários, as informações que mais lhes dizem respeito são: o volume gasto pelas organizações em salários, encargos sociais e outros benefícios; informações relativas ao nível de emprego, ou seja, o número, a qualificação, o tempo de permanência e a faixa etária de funcionários que trabalham nas diversas áreas das empresas e, sobretudo, o valor adicionado gerado pelas entidades, bem como sua distribuição, entre os vários segmentos beneficiários.

 

 

2.4 Responsabilidade Social Corporativa

 

 

        Atualmente existem organizações que vão além de suas obrigações impostas (trabalhistas, tributárias, de legislação ambiental, etc), assumindo outras, motivadas por princípios e valores éticos, que por sua vez, podem estar incorporados na sua cultura organizacional, ou seja, praticam a Responsabilidade Social Corporativa (RSC).

 

A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas da organização, com necessidades que precisam ser atendidas. Significa, ainda, a responsabilidade pública, ou seja, o cumprimento e a superação das obrigações legais decorrentes das próprias atividades e produtos da organização. É também o exercício de sua consciência moral e cívica, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade. (TINOCO, 2001, p.116).

 

        Desta forma, as organizações não podem somente visar lucros, pois a gestão empresarial que tenha como referência apenas os interesses dos acionistas revela-se insuficiente no contexto atual. Ele requer uma gestão balizada pelos interesses e contribuições de um conjunto maior de partes interessadas (stakeholders).

 

Stakeholder é um termo em inglês amplamente utilizado para designar as partes interessadas, ou seja, qualquer indivíduo ou grupo que possa afetar a empresa por meio de suas opiniões ou ações, ou ser por ela afetado. Há uma tendência cada vez maior em se considerar stakeholder quem se julgue como tal (http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/glossario/).

 

No relacionamento das organizações com a sociedade devem existir obrigações implícitas, tais como a preservação do meio ambiente mediante o uso adequado dos recursos naturais e investimentos em processos produtivos compatíveis com a conservação ambiental, a criação e a manutenção de empregos, a contribuição para a formação profissional visando a qualificação, a qualidade dos produtos e serviços que oferece ao mercado e outras que não são exigidas por lei, mas que são esperadas de uma empresa socialmente responsável.

 

 

2.5 Entidades disseminadoras do conceito de Responsabilidade Social Corporativa

 

 

2.5.1 Instituto Ethos

 

 

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização não-governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa (http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3334&Alias=Ethos&Lang=pt-BR).

 

        O Instituto Ethos é uma entidade criada em 1998 com a missão de incentivar as empresas a incorporar o conceito de responsabilidade social em seu cotidiano, estabelecendo padrões éticos de relacionamento com seus diversos públicos.

        Idealizado por empresários e executivos oriundos do setor privado, o Instituto Ethos é referência no que diz respeito à troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas que auxiliam as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seus compromissos com a responsabilidade social corporativa. Para auxiliar as empresas nesse processo desenvolveu duas importantes ferramentas: os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, versões 2000, 2001, 2002 e 2003, bem como o Guia de Elaboração do Relatório e Balanço Anual de Responsabilidade Social Empresarial, atualizados periodicamente.

 

Indicadores são dados ou informações numéricas que quantificam as entradas, saídas e o desempenho de processos, de produtos e da organização como um todo. Os indicadores são utilizados para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo (http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/glossario/).

                                  

        O conjunto desses indicadores de RSC engloba os temas: valores e transparência, público interno, meio ambiente, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e sociedade. Desse modo, supõe ser possível a identificação do nível de envolvimento e engajamento da empresa na RSC, ou então, de sua omissão quanto a essa postura.

 

 

2.5.2 IBASE

 

 

O IBASE é uma instituição de utilidade pública federal, sem fins lucrativos, sem vinculação religiosa e a partido político. Sua missão é a construção da democracia, combatendo desigualdades  e estimulando a participação cidadã (http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pid=24).

 

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas atua estrategicamente no desenvolvimento de uma sociedade democrática sem miséria, a favor dos direitos humanos e no combate a qualquer forma de exclusão social desde 1981.

Em 1997 lidera uma campanha pela divulgação do Balanço Social das empresas e lança modelo de apresentação de relatórios para garantir padrão mínimo de informações simplificadas que garanta a avaliação adequada da ação da empresa.

 

 

2.6 Demonstração do Valor Adicionado

 

 

        A elaboração e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) pelas empresas em muito enriquece a informação contábil e social, sendo de fundamental importância para todos que se dedicam à atividade de analisar demonstrações contábeis e financeiras das organizações.

       

A DVA é na realidade a diferença entre os recursos consumidos que a organização adquiriu de terceiros e o que ela produziu, ou seja, representa o que foi agregado de valor ao produto/serviço (riqueza gerada), dentro de seu ciclo operacional. Demonstrando, ainda, sua distribuição para empregados, governo, financiadores, acionistas/sócios etc. (KROETZ, 2000, p.40).

       

          A DVA apresenta o conjunto de dados que revelam a riqueza gerada pela organização em determinado período, bem como sua distribuição. Ela demonstra o que a organização adicionou de riqueza aos produtos e serviços e constitui-se numa informação vital para a gestão, como também aos demais usuários da Contabilidade. 

 

Essa demonstração, complementar à Demonstração do Resultado do Exercício, que constitui uma importante fonte de informações sobre a capacidade de geração de valor e à forma de distribuição das riquezas de cada empresa. (FIPECAFI, 2007, p.501).

 

        A elaboração da DVA não tem o objetivo de substituir a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), mas de complementar suas informações, cuja função principal é informar como se forma o Resultado Líquido de determinado período. As organizações poderão utilizá-la para identificar, analisar e comunicar o montante de recursos adicionais gerados para a economia (local, regional, nacional, setorial etc.), bem como para relacionar quais as fontes e quais as aplicações dessa riqueza (para quem foi distribuída).          

 

 

2.6.1 Obrigatoriedade de Divulgação

 

 

        Aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 28 de dezembro de 2007, entrou em vigor em 1º de janeiro de 2008 a Lei 11.638/2007, que amplia a abrangência da Lei 6.404/1976, no que tange à escrituração e elaboração de demonstrações financeiras.

        De acordo com a nova Lei, todas as companhias abertas deverão proceder à elaboração da DVA ao fim de cada exercício social.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

 

 

        A Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG é uma das maiores e mais importantes concessionárias de energia elétrica do Brasil, por sua posição estratégica, competência técnica e mercado atendido.

        Fundada em 22 de maio de 1952, pelo então Governador de Minas e, depois, Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira, com o objetivo de dar suporte a um amplo programa de modernização, diversificação e expansão do parque industrial do Estado, a CEMIG conseguiu cumprir o seu papel de ser um instrumento de desenvolvimento da economia mineira e, ao mesmo tempo, ser uma empresa eficiente e competitiva.

        O Grupo CEMIG é formado por duas grandes empresas, CEMIG Distribuição S.A. e CEMIG Geração e Transmissão S.A., abrigadas em uma Holding, que também controla várias outras empresas que atuam em áreas como a de gás, transmissão, geração e prestação de serviços no segmento de energia.

        A CEMIG Distribuição é a maior distribuidora de energia elétrica da América Latina e responsável pela operação de uma rede de distribuição com mais de 360 mil km de extensão, atendendo a cerca de 17 milhões de pessoas em 774 municípios mineiros. A empresa é responsável por uma área de concessão que cobre 96,7% do território de Minas Gerais.

        A transmissão da CEMIG tem uma importância estratégica na operação do sistema interligado Sudeste/Sul do Brasil. São 4.875 km de linhas de alta tensão. O ano de 2005 marcou o início da expansão internacional dos negócios da CEMIG na área de transmissão, com a obtenção da concessão para construir e operar uma linha de transmissão no Chile, e a conquista de novos clientes industriais em outros estados do Brasil. Na área de geração, possui 56 usinas hidrelétricas, 4 térmicas e uma eólica, perfazendo uma capacidade instalada de 6.692 MW.

        A CEMIG também está presente, por meio de empreendimentos de geração ou de comercialização de energia, nos seguintes estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão e Pará.

        Os clientes da CEMIG estão por toda parte: nos grandes e pequenos centros urbanos, no campo, no comércio e nas indústrias. Atualmente, 80% dos consumidores da CEMIG se enquadram na classificação residencial. A participação da classe comercial representa 8,8%, a rural 7,9% e a industrial 1,1%. No que diz respeito ao consumo de energia, a classe industrial é a que mais demanda o trabalho da CEMIG, respondendo por 48% da participação. Já a classe residencial representa 13,3% do consumo e a rural 3,9%.

        A CEMIG é uma empresa de economia mista e tem o Governo de Minas Gerais como principal acionista, detentor de 50,96% das ações ordinárias da Companhia. O segundo maior acionista é a Southern Eletric Brasil Participações Ltda., com 32,96% das ações ordinárias. O setor privado externo e o setor privado interno possuem, respectivamente, 6,85% e 9,16% do controle acionário.

        A CEMIG é pioneira no setor elétrico nacional em ações ambientais e de responsabilidade social. Com ações negociadas na Bovespa e nas Bolsas de Nova Iorque e Madrid, é a única da América Latina incluída, por oito vezes consecutivas, no índice Dow Jones de Sustentabilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 DESENVOLVIMENTO

 

 

 

4.1 Responsabilidade Social – Setor Elétrico

 

 

 

          As concessionárias de energia elétrica fazem parte do contexto social e ambiental de onde extraem os recursos necessários à realização das suas atividades econômicas (insumos naturais, mão-de-obra, infra-estrutura básica das cidades), e ao realizarem os seus serviços, promovem mudanças sociais, econômicas, culturais e tecnológicas. A conscientização da atuação e conseqüências das suas atividades empresariais, nesse contexto, constitui sua Responsabilidade Social.

        A análise dessa responsabilidade deve ser ainda mais ampliada, especialmente por se tratar de um serviço público prestado sob o regime de concessão, pois entende-se que a prestação desses serviços tem de atender prioritariamente ao interesse público, já que toda concessão pressupõe “a prestação de um serviço adequado que satisfaça as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modicidade das tarifas”, conforme dispõe a Lei nº 8.987/95.

 

 

4.1.1 A Responsabilidade Social na CEMIG

 

 

4.1.1.1 Recursos Humanos

 

 

        Com vistas a atender às próprias necessidades, a CEMIG investe na capacitação de seu corpo funcional por meio de diversos programas de capacitação e desenvolvimento, em virtude do surgimento de novas tecnologias, equipamentos e métodos de trabalho.

        Todos os empregados, nos seus vários níveis, seguem um Plano de Treinamento associado às carreiras. As áreas fazem o levantamento de necessidades de treinamento de acordo com as funções e pelas iniciativas/expectativas do gerente em relação ao desempenho do empregado ao longo do ano.  

        No último ano, foram implementadas várias ações nesse sentido, tais como treinamentos de informática, administrativos, treinamentos externos, cursos de graduação e pós-graduação, cursos de idiomas, dentre outros.

        A CEMIG busca permanentemente fazer uma gestão de seu ambiente interno, pois acredita que a obtenção de alta performance está intimamente ligada a um ambiente saudável e estimulador. Vale destacar que um dos itens da visão da empresa é “ser uma das melhores Empresas para se trabalhar”.

        Em 2006, a CEMIG figurou na lista das 150 melhores empresas para trabalhar do Guia Você S.A. da revista Exame. Em 2007, além de estar novamente na lista, a empresa foi considerada a melhor na categoria especial “As Maiores” (empresas com mais de 10.000 empregados). Figurou no mesmo ano na lista das 100 melhores empresas para trabalhar da revista Época.

        Essas pesquisas levam em consideração fatores como o índice de satisfação no trabalho, da qualidade do ambiente de trabalho, da qualidade na gestão de pessoas, além da opinião dos empregados sobre a empresa e o que é oferecido em termos de remuneração, carreira profissional, saúde, responsabilidade social, entre outros itens.

        A cada dois anos, a CEMIG realiza uma pesquisa de clima organizacional com consultoria externa, envolvendo todos os seus empregados. É uma ferramenta utilizada para gerir o Clima na Empresa que busca mensurar o índice de favorabilidade do ambiente de trabalho.

        Após a fase de diagnóstico e análise de resultados é realizado o planejamento de ações de melhoria, e em seguida, o monitoramento da execução dessas ações.

        Os resultados vêm apresentando melhorias desde a primeira pesquisa em 2001, chegando a 62% em 2007 (Gráfico 1). No ciclo 2005/2007, foram elaborados, além do plano corporativo composto de 21 ações de melhoria, 95 planos de ação das diversas áreas da Empresa, totalizando 2.232 dessas ações. Pelo monitoramento realizado, foi constatada a execução de mais de 80% dessas ações.

 

FIGURA 1 - Pesquisa de Clima

Fonte: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2007

 

 

        Já para assegurar os níveis desejados de segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores, a CEMIG mantém e desenvolve diversos programas voltados para esse objetivo.

        Os programas corporativos e ações voltadas para o bem-estar dos empregados da Cemig são:

        Para propiciar aos trabalhadores meios de atingir níveis de trabalho cada vez mais seguros, a CEMIG atua em três frentes: na padronização de procedimentos de trabalho, na capacitação dos empregados e na inspeção de segurança.

        Em 2007 a CEMIG realizou diversos treinamentos de segurança, destacando-se aqueles relacionados às atividades de eletricidade, cursos técnicos e de reciclagem, promoção de workshops, oficinas e encontros, incluindo parcerias com a Associação Mineira de Engenharia de Segurança do Trabalho – Ames e com a Fundação Comitê de Gestão Empresarial – Fundação Coge, para integração, aperfeiçoamento e apresentação das melhores práticas de segurança.

 

 

4.1.1.2 Cultura e Sociedade

 

 

        Como empresa prestadora de serviços públicos, a CEMIG mantém um profundo envolvimento com a sociedade na qual está inserida, não se restringindo apenas à comercialização de energia elétrica, mas assumindo compromisso com o desenvolvimento social.

        Em 2007, a CEMIG investiu R$ 45 milhões em educação, cultura e ações sociais, beneficiando diretamente a população de mais de duzentos municípios em Minas Gerais.

        A CEMIG considera que os benefícios trazidos pelos recursos da Empresa investidos em cultura, educação e geração de riqueza dos municípios podem ser ampliados por meio de parcerias com instituições, administração pública e moradores de cada uma dessas localidades.

        Alguns resultados dos projetos sociais de destaque da CEMIG são mostrados abaixo:

 

FIGURA 2 – Projetos Sociais de destaque da CEMIG

Fonte: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2007

 

        Dessa forma, a CEMIG busca por meio de sua política de atuação social e cultural, transformar seus consumidores em parceiros no desenvolvimento de Minas Gerais, objetivando atingir o maior número de pessoas, com continuidade e responsabilidade.

         

 

 

 

4.1.1.3 Meio Ambiente

         

 

        A CEMIG executa seus negócios sempre comprometida com a preservação do meio-ambiente, condição básica dos princípios que regem suas atividades. Essa postura é refletida na realização de programas ambientais, que vão além do atendimento de leis e normas dos órgãos competentes.

        A CEMIG possui uma Política Ambiental, editada em 1990, da qual constam sete princípios que orientam as atividades e direcionam os esforços relacionados à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Tais princípios são traduzidos em ações que buscam imprimir nos empregados e parceiros a conscientização para a questão ambiental:

 

Princípio nº1: A CEMIG planeja, projeta e desenvolve suas atividades, levando em consideração as implicações relativas ao meio ambiente.

Princípio nº2: A CEMIG administra preventivamente as implicações ambientais de suas atividades.

Princípio nº3: A CEMIG administra os impactos ambientais significativos de suas atividades, adotando medidas mitigadoras e práticas adequadas.

Princípio nº4: A CEMIG busca a valorização ambiental viável que pode ir além da administração de impactos exigidos pela legislação, sem contudo, assumir funções de responsabilidade de outros órgãos dos Governos Federal, Estadual ou Municipal.

Princípio nº5: A CEMIG considera enriquecedora a participação das comunidades afetadas ou interessadas, durante as fases de projeto de suas atividades.

Princípio nº6: Além do cumprimento das leis, regulamentos e políticas governamentais aplicáveis, a CEMIG pode vir a complementá-los com suas próprias regras, se necessário.

Princípio nº7: O respeito e a valorização do meio ambiente constituem responsabilidade de todos os empregados e parceiros da CEMIG e de suas subsidiárias.

 

        As ações ambientais da CEMIG podem ser consideradas pioneiras no contexto estadual e nacional. Através da parceria nas pesquisas com Universidades e centros de pesquisa, a Empresa possui um grande acervo de dados ambientais, que tem servido ao meio científico, aos órgãos e entidades interessadas na preservação do meio ambiente e, sobretudo, à sociedade.

        Em 2007, o valor aplicado em meio ambiente foi de R$ 44,1 milhões, sendo R$ 7,3 milhões em cuidados e ações ambientais relacionados à implantação de novos empreendimentos e R$ 36,8 milhões na operação e manutenção de instalações e na realização de estudos e monitoramentos. Desse total, foram investidos R$859 mil em projetos de pesquisa relacionados ao meio ambiente.

        Além do compromisso com a proteção do meio ambiente, a CEMIG investe em programas de conservação de energia e em pesquisas de novas fontes alternativas, tais como, energia solar térmica e fotovoltaica, energia eólica e energia a partir do gás natural.

 

 

4.1.1.4 Valor Adicionado

 

 

            A DVA evidencia a representatividade da Companhia para a sociedade, com R$11.470 milhões de valor adicionado em 2007 em comparação a R$10.401 milhões em 2006, um aumento de 10,28%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


FIGURA 3 - Valor Adicionado de 2003 a 2007

Fonte: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2007

 

 

        A distribuição do valor adicionado da CEMIG entre os diversos segmentos pode ser observada nos gráficos abaixo:

 

FIGURA 4 - Distribuição do Valor Adicionado por segmento

Fonte: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2007

 

 

 

4.2 O Balanço Social da CEMIG

 

 

4.2.1 Obrigatoriedade de divulgação

       

 

        De acordo com Resolução ANEEL nº 444 de 26 de outubro de 2001, todas as Concessionárias e Permissionárias do Serviço Público de Energia Elétrica devem elaborar o Relatório Anual de Responsabilidade Empresarial, em conformidade com as orientações constantes do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

        O Relatório Anual de Responsabilidade Empresarial abrange um conjunto de informações e dentre as quais se insere o Balanço Social.

 

 

4.2.2 Modelo adotado

 

       

        Existem vários modelos considerados como formatos de Balanço Social: Ibase, Ethos, Febraban, GRI, ISAR entre vários outros.        A CEMIG adota o modelo IBASE para montagem de seu Balanço Social.

O modelo Ibase foi criado em 1997, como resultado das andanças e reflexões do saudoso sociólogo Herbert de Souza. Após quatro anos à frente da Campanha pela Erradicação da Fome e da Miséria, Betinho se convenceu da importância da inclusão do poder econômico para a transformação social e procurou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para, em audiências públicas, debater e defender pontos de vista.

O modelo Ibase está, hoje, em sua terceira versão. Todas as alterações no modelo original foram precedidas por audiências públicas, tendo contado com ampla participação de diversos segmentos sociais e produtivos do Brasil.

É o primeiro modelo de balanço social a incluir metas para o ano em curso. Sua complexidade é média, visto que, além da contabilidade, outras áreas da empresa também são fontes de informações, como recursos humanos, comunicação, meio ambiente e jurídico para citar as mais comuns.

 

 

 

 

4.2.3 Necessidade de divulgação

 

       

        A CEMIG ganha em vários aspectos divulgando seus Balanços Sociais. A seguir serão listados vários motivos pelo qual ela deve fazê-lo:

 

·         Porque é ético: ser justo, bom e responsável já é um bem em si mesmo;

·         Porque agrega valor: o Balanço Social traz um diferencial para a imagem da empresa que vem sendo cada vez mais valorizado por investidores e consumidores no Brasil e no mundo;

·         Porque diminui os riscos: num mundo globalizado, onde informações sobre empresas circulam mercados internacionais em minutos, uma conduta ética e transparente tem que fazer parte da estratégia de qualquer organização nos dias de hoje;

·         Porque é um moderno instrumento de gestão: o Balanço Social é uma valiosa ferramenta para a empresa gerir, medir e divulgar o exercício da responsabilidade social em seus empreendimentos;

·         Porque é instrumento de avaliação: os analistas de mercado, investidores e órgãos de financiamento (bancos em geral) já incluem o Balanço Social na lista dos documentos necessários para se conhecer e avaliar os riscos e as projeções de uma empresa;

·         Porque é inovador e transformador: elaborar e publicar Balanço Social anualmente é mudar a antiga visão, indiferente à satisfação e o bem-estar dos funcionários e clientes, para uma visão moderna em que os objetivos da empresa incorporam as práticas de responsabilidade social e ambiental.

 

 

 

 

 

4.2.4 Os Beneficiários

 

 

O Balanço Social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa, os chamados stakeholders.

Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula a participação dos funcionários na escolha das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional.

Aos fornecedores e investidores informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um bom indicador da forma como a empresa é administrada.

Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas.

 

 

4.2.5 Análise dos Indicadores

 

 

        A análise foi feita com três grupos de indicadores: Indicadores Sociais Internos, Indicadores Sociais Externos e Indicadores Ambientais.

        Os indicadores foram extraídos de uma análise vertical contida nos próprios Balanços Sociais. Nessa análise, os índices foram obtidos a partir do cálculo do montante de recursos destinados a cada área em relação à Receita Líquida (Receita Bruta excluída dos impostos, contribuições, devoluções, abatimentos e descontos comerciais).

        A partir disso foi feita uma análise horizontal (Gráfico 1) para efeito de comparabilidade entre os anos em estudo.

Gráfico 1: Indicadores dos Investimentos

Fonte: Dados da Pesquisa

 

        Este gráfico demonstra a evolução dos três grupos de indicadores ao longo de cinco anos.  Pode-se notar claramente que a maior parte dos recursos da CEMIG destinados às atividades de responsabilidade social foram aplicados em ações externas à empresa enquanto que as ações ambientais tiveram menor parte dessas aplicações.

 

 

4.2.5.1 Indicadores Sociais Internos

 

 

        Os indicadores sociais internos refletem as iniciativas e investimentos da empresa dirigidos à promoção social e humana e à qualidade de vida de seus funcionários.

        Discriminam os gastos ou investimentos relacionados com: alimentação, previdência privada, saúde, educação, cultura, capacitação e desenvolvimento profissional, creches ou auxílio creche, participação nos lucros ou resultados, entre outros benefícios.

        O gráfico abaixo demonstra a evolução do grupo de indicadores internos nos anos de 2003 a 2007:

 

Gráfico 2: Indicadores Sociais Internos

Fonte: Dados da Pesquisa

         

          É possível verificar por meio do gráfico acima que, entre os indicadores sociais internos, os que mais consumiram recursos da empresa foram: Participação nos Lucros ou Resultados (o mais relevante), Encargos Sociais Compulsórios e Previdência Privada.

 

4.2.5.2 Indicadores Sociais Externos

 

 

Os indicadores sociais externos evidenciam as iniciativas e investimentos da empresa voltados ao público de fora da organização.      Enquadram-se nessa categoria doações, contribuições e projetos desenvolvidos e/ou financiados pela empresa com foco nas comunidades e no esforço de desenvolvimento sócio-econômico da sociedade como um todo.

O gráfico abaixo demonstra a evolução do grupo de indicadores externos nos anos de 2003 a 2007:

Gráfico 3: Indicadores Sociais Externos

Fonte: Dados da Pesquisa

 

        É possível verificar por meio do gráfico acima a enorme discrepância que há entre o indicador de Tributos com os demais. Isso se deve ao fato da elevada carga tributária que a CEMIG, assim como as demais pessoas jurídicas e físicas, desembolsa aos cofres públicos nos seus três níveis, federal, estadual e municipal, mediante legislações estabelecidas.

 

 

4.2.5.3 Indicadores Ambientais

 

 

Os indicadores ambientais dizem respeito aos gastos que objetivam o melhoramento contínuo da qualidade ambiental nas operações da empresa.       Inserem-se aqui os recursos destinados a projetos relacionados com a conservação de recursos ambientais, despoluição, campanhas ecológicas e educação ambiental para os funcionários, comunidade e a sociedade em geral.

 

Gráfico 4: Indicadores Ambientais

Fonte: Dados da Pesquisa

 

As oscilações desses indicadores, conforme se vê no gráfico anterior, referem-se aos programas socioambientais implementados durante a construção de novas Usinas Hidrelétricas e Linhas de Transmissão.

Os investimentos em meio ambiente podem ser classificados em dois tipos, Implantação de Novos Empreendimentos e Operação e Manutenção, como segue:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


FIGURA 5 – Investimentos em Meio Ambiente  

Fonte: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS, 2007

 

 

O montante de recursos aplicados na operação e manutenção de instalações vêm se mantendo relativamente constante ao longo do período de 2004 a 2006 e apresentou um importante crescimento em 2007.

Com relação aos investimentos utilizados nos novos empreendimentos ocorreu uma redução do ano de 2004 para 2007, causada pelo término das obras de implantação de Usinas Hidrelétricas (Irapé e Capim Branco) e pela conclusão dos programas ambientais relativos a esses empreendimentos na fase de construção. Daí a variação dos valores.

 

4.2.5.4 Análise Geral

 

 

        Procedendo-se a uma análise geral, é possível afirmar que os indicadores sociais externos são os de maior representatividade nos Balanços Sociais da CEMIG.         O indicador de Tributos, que faz parte desse grupo, chegou a variar entre 52,96% e 66,84% do total geral dos indicadores, ou seja, mais da metade dos recursos da empresa destinados às ações de responsabilidade social são para o pagamento de tributos.

        Essa situação se mantém durante todo o período em análise, podendo ser observada a partir dos gráficos abaixo:

Gráfico 5: Indicadores dos Investimentos (% sobre a Receita Líquida) - 2003

Fonte: Dados da Pesquisa

 

Gráfico 6: Indicadores dos Investimentos (% sobre a Receita Líquida) - 2004

Fonte: Dados da Pesquisa

 

Gráfico 7: Indicadores dos Investimentos (% sobre a Receita Líquida) - 2005

Fonte: Dados da Pesquisa

Gráfico 8: Indicadores dos Investimentos (% sobre a Receita Líquida) - 2006

Fonte: Dados da Pesquisa

 

Gráfico 9: Indicadores dos Investimentos (% sobre a Receita Líquida) - 2007

Fonte: Dados da Pesquisa

 

 

        O fato é que o tributo além de ser o meio de arrecadação de recursos do poder público possui a função social de atender às necessidades essenciais da população: saúde, moradia, educação, consecução de obras, redistribuição de renda diminuindo as desigualdades sociais entre outros aspectos.

        A partir de todas as análises é possível responder a pergunta do problema, pois foi possível verificar por meio dos Balanços Sociais da CEMIG que: os investimentos sociais externos tiveram uma ascensão no período de 2004 a 2006, declinando em 2007. Quanto aos investimentos sociais internos, as variações não foram tão significativas tendo um pequeno crescimento em 2007. Já os investimentos ambientais declinaram no período de 2004 a 2007.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                   

 

 

 

 

 

 

 

 

5 CONCLUSÃO

 

 

        A elaboração deste trabalho mostrou que o Balanço Social é uma importante ferramenta de gestão para os dirigentes da empresa, pois a análise de seu conteúdo permite a tomada de decisões por parte dos mesmos. É riquíssima fonte de informação para todos os agentes que interagem com a empresa, ao mesmo tempo em que sua publicação é benéfica para sua imagem perante a sociedade.

        O trabalho contribuiu com informações importantes para a CEMIG, uma vez que dentro da empresa não havia sido feito análises específicas sobre seus Balanços Sociais.  

        As dificuldades para elaborar o trabalho foram no sentido de não se ter obtido algumas informações necessárias, julgadas confidenciais pela empresa.

        Ao final da pesquisa e análise das informações coletadas foi possível responder a pergunta do problema levantado, de forma clara e objetiva.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

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