PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E GERENCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DISCIPLINA: GESTÃO EM CONTROLADORIA

PROFº CARLOS JOARESTES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EBITDA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALUNAS:

LÍDIA DA SILVA FERREIRA

MICHELE APº JESUS SILVA

REGINA CELIE A. F. SILVA

ROSANGELA DUARTE DE LIMA

 

 

 

 

 

 

BELO HORIZONTE

2006

SUMÁRIO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1

2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................... 1

2.1 Oque é EBITDA?..............................................................................................2

2.2 EBITDA como instrumento de análise...........................................................7

2.3 Limitações.........................................................................................................9

2.4 Interpretação e leitura..................................................................................... 11

2.5 Como o EBITDA é apurado?..........................................................................12

2.6 EBITDA – Virtudes e defeitos.........................................................................15

2.6.1 Argumentos dos defensores do EBITDA.............................................16

2.6.2 Críticas à utilização exclusiva do EBITDA ..........................................17

2.7 Tendências para o futuro sobre a validade da utilização do EBITDA .......18

3 CONCLUSÃO..................................................................................................... 20

4 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 21

ANEXOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 Introdução

 

            O presente trabalho tem por intermédio demonstrar o EBTIDA como instrumento de avaliação de empresas , no que objetiva ressaltar sua importância em uma analise empresarial , no que tange a saber o valor real de um negocio .

Como os fatores de ordem externa influenciam igualmente todas as concorrentes do ramo, o diferencial será então o grau de sustentação do negocio, sua solidez e performance e principalmente sua capacidade de resposta às transformações do ambiente e momentos da empresa passa constituir personalidade no mercado podendo ate como enfatiza Ponter influenciar as forças competitivas a seu favor .

A previsão do comportamento dos elementos patrimoniais impõe a análise do ambiente no qual os fenômenos ocorrem. Os gestores, cada vez mais, necessitam do feedback proporcionado pela informação contábil, não somente no momento da criação da estratégia competitiva, mas, especialmente, na avaliação das ações empreendidas.

 

 

 

 

 

 

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

2.1 O que é o EBITDA ?

A sigla EBITDA corresponde ao nome em inglês “Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization”. Em português, significa “Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”, também conhecido como LAJIDA. É um conceito de geração bruta operacional de lucro. Não considerando resultados não-operacionais e adiciona ao Lucro Operacional as depreciações e amortizações.

Em resumo, o Ebitda é o Lucro Operacional mais as depreciações e amortizações.

O Ebitda foi criado com a finalidade de mostrar aos acionistas e investidores o potencial de geração de caixa de uma empresa e o potencial de um negócio. Esse índice busca espelhar o montante de recursos financeiros gerado pelos ativos operacionais, ou melhor, em outras palavras procura mostrar que se o negócio explorado pela empresa é lucrativo ou não.

Esse índice vem sendo cada vez mais utilizado, para avaliar as empresas e sua capacidade operacional.

O EBITDA tornou-se conhecido e ganhou notoriedade no mercado norte americano na década de 70. Nessa época, o EBITDA era utilizado pelos analistas como uma medida temporária para avaliar o tempo que seria necessário para que uma empresa, com grande volume de investimento em infra-estrutura, viesse a prosperar sob uma perspectiva de longo prazo. Ao excluir os juros dos recursos financiados e somando-se a depreciação dos ativos, os investidores conseguiam projetar uma medida de performance futura da empresa, considerando apenas a atividade operacional.

Ocorre, porém, que com o passar dos anos, o EBITDA foi se tornando cada vez mais popular, chegando a ser comparado por muitos, como uma aproximação do Fluxo de Caixa e passando a funcionar como um “amortecedor” (quando mal utilizado) em relação ao julgamento do mercado quanto ao efetivo “lucro líquido” da empresa.

Observa-se que o emprego desse índice é bastante utilizado por instituições multinacionais, grandes e mega empresas. Por serem empresas com filiais em vários países ou participarem de concorrências de mercado internacionais e, até par a colocação de debêntures no mercado externo, esse índice permite equalizar as empresas pelo critério exclusivamente operacional, excluindo-se variáveis não padronizadas já que cada País possui sua própria legislação e adota critérios particulares de impostos, depreciação e amortização.

A apuração do ebitda não sofre influência das variáveis específicas de cada país, como taxas de juros, regras de depreciação e, principalmente, as complexas variações e exigibilidade entre as leis tributárias. Por exemplo: no Brasil, a depreciação dos ativos pode ser contabilizada em até dez anos, dependendo do item do imobilizado. Em economias de outros países esse prazo é diferente, o que certamente distorce o montante de depreciação.

Desta forma, é mais um índice operacional. Útil, quando se tratam comparações entre empresas sediadas em diferentes países, que tenham suas operações globalizadas ou até mesmo para comparar desempenhos em diferentes filiais de grandes corporações.

Simplesmente mais um índice operacional que, deverá ser avaliado no contexto operacional como um todo e não isoladamente como apregoam seus defensores.

A carga tributária brasileira, as taxas cobradas pelo Estado e pelas instituições financeiras e os juros sobre empréstimos e financiamentos praticados no Brasil são elevados e não podem ser dissociados na avaliação de qualquer empresa.

Há que se considerar, ainda, que:

Na apuração desse índice não é considerado o endividamento da Empresa;

A possibilidade de variação de créditos entre os Contadores, o que pode acarretar grande flexibilidade quando da contabilização de despesas financeiras e de depreciação;

Tanto o lucro líquido quanto o operacional vão depender bastante do ponto de partida e dos critérios utilizados pelo Contador.

            O objetivo da apuração do Ebitda é mensurar a capacidade operacional de geração de lucro da empresa. Adicionando os valores das depreciações e amortizações ao Lucro Operacional, foi criado o conceito de Lucro operacional Bruto, que é um indicativo fundamental para a capacidade de geração bruta de lucros e de caixa.

            Por não considerar os juros como elementos redutores da geração de lucro, o ebitda só pode ser utilizado para alguma análise de rentabilidade com o Ativo operacional Líquido. O foco é a geração operacional de lucro, e não a geração de lucro para o acionista. Na análise do ebitda não se Leva em consideração as fontes de financiamento de capital.

            Convém lembrar que alguma análise de rentabilidade com ebitda deve ser feita com muito cuidado, porque também este conceito de avaliação de geração de lucros não leva em conta os impostos e, sempre dá uma medida de rentabilidade bruta antes dos impostos.

            Afinal, o lucro, antes dos juros, do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro e antes das depreciações e amortizações, corresponde ao potencial de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir, antes inclusive de considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado.

o EBITDA nada mais é do que o nosso LUCRO OPERACIONAL AJUSTADO, cuja diferença em relação ao EBITDA corresponde à depreciação/ amortização ou exaustão.

Segue abaixo o modelo de um esqueleto de DRE simplificado no qual se encontra o ebitda.

DRE simplificado

Receita de Vendas

(-) CPV                                                                         TRIAGEM NAS DESPESAS

= Lucro Bruto                                                               OPERACIONAIS

(-) Despesas Operacionais

C/ Vendas

Gerais e Administrativas

(=) EBITA ou LUCRO OPERACIONAL AJUSTADO

(-) Despesas Escriturais

= Lucro Operacional antes do IR e CS                 AFERIÇÃO DO POTENCIAL

(+ ou -) Receitas e Despesas Financeiras          DE RENDA, INDEPENDENTE

= Lucro antes do IR e CS                                       DAS ORIGENS DE

(-) Provisão para IR e CS                                       FINANCIAMENTO

= LUCRO LÍQUIDO  

 

O EBITDA engloba todos os componentes operacionais e, desta forma, compreende grande parte das receitas auferidas e despesas incorridas, o que destaca a medida em relação a lucro Líquido na visualização do desempenho operacional do negócio.

Ao falarmos em “potencial de geração de caixa”, desejamos ressaltar que parte da receita registrada pode não representar ingresso imediato de recursos( receitas avistas) da mesma maneira que parte das despesas incorridas pode representar uma pendência de pagamento. Desta forma, não podemos empregar a expressão “geração efetiva de caixa operacional” muito menos “ fluxo monetário”, o que, em hipótese alguma , reduz a importância informativa da referida medida, uma vez que o indicador proporciona uma leitura acerca do potencial desta geração. “O EBITDA equivale ao conceito restrito de fluxo de caixa operacional da empresa, apurando do imposto de renda.”

LUCRO LÍQUIDO

(+) DESPESAS ESCRITURAIS

  Depreciação

= FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL

Por retratar o “operacional da empresa” , o EBITDA é utilizado como aferidor de desempenho na geração de recursos próprios decorrentes da atividade-fim do negócio, razão pela qual desconsidera em seu cômputo toda e qualquer receita ou despesa não-decorrente da operação principal da empresa.

2.2 EBITDA como instrumento de análise

EBITDA apóia decisões diversas como:

Mudanças na política financeira da empresa: Ora, se o ingresso efetivo de recursos, no período considerado para análise, encontra-se em nível insatisfatório comparativamente à capacidade operacional de geração de caixa da empresa, a política financeira, por certo, precisará ser reformulada caso a liquidez efetiva da empresa esteja baixa.

Visualização do grau de cobertura das despesas financeiras: Os resultados operacionais cobrem as despesas financeiras? Qual o percentual de segurança, ou  seja, qual a parcela mínima de receitas à vista para cobertura destas despesas?

Monitoramento de estratégias financeiras empreendidas: De que forma repercutiu a estratégia financeira adotada? Quanto maior o volume de recursos gerados na atividade da empresa, melhor a flexibilidade dos gestores para a tomada de decisões pertinentes à aquisição e á alocação de ativos, assim como melhor será sua liquidez, se em adequada sintonia de prazos.

Pode ser utilizado como benchmark financeiro: O analista não deve privar-se de analisar a empresa de forma dinâmica, comparando seus indicadores, estáticos ou absolutos, como medida de empresas congêneres.

Serve de base para avaliação de empresas, uma vez que evidencia a viabilidade dos negócios (termômetro de eficiência e produtividade): O EBITDA é a variável mestra em avaliações de empresa,uma vez que reflete o puro desempenho do empreendimento no segundo econômico. Existe uma tendência por parte dos analistas em recomendar negócios com empresas que apresentam EBITDA positivo, afinal,quanto maior a geração de recursos via operações da empresa mais atrativo é o negócio, especialmente quando comparamos o indicador absoluto com o volume de investimentos operacionais. È forçoso lembrar, ainda que o valor de empresa tem variado na razão direta de seu EBITDA.

EBITDA

X Fator multiplicador

(+) Aplicações Financeiras

(-) Montante de obrigações

VALOR NEGOCIAL DA EMPRESA

Método de avaliação de empresa com esteio no cálculo do EBITDA.

Pode ser usada como base para pagamento de bônus a empregados: Afinal a medida afere de forma direta o desempenho operacional e comercial.

Trata-se de uma medida globalizada: A existência destes citados “obstáculos” na formação do Lucro Líquido o descredencia para a construção de informações pertinentes ao desempenho operacional em âmbito globalizado, razão pela qual o EBITDA tornou-se reconhecidamente uma eficaz MEDIDA FINANCEIRA GLOBALIZADA.

Embora o referido indicador supere a eficácia do LUCRO LÌQUIDO, para fins deste tipo de avaliação, o mercado ainda não despreza de todo a medida, uma vez que é o lucro líquido que serve de base à remuneração dos acionistas.

Eventos do tipo desvalorização cambial e alta de juros tendem a mascarar o retrato do desempenho do negócio quando utilizamos a medida do Lucro Líquido para este fim.

Sobre esta questão ICO ‘’O lucro liquido do exercício (LLE) foi por muitos consideradas ótimo, talvez o melhor, indicador do bom desempenho de uma companhia’’. Na verdade o EBITDA esta totalmente a margem das diferenças entre as políticas adotadas para questões tributarias assim como da especificidade dos métodos de depreciação empregados ou permitidos.

2.3 Limitações

No caso do EBITDA  o objetivo - referencia e o desempenho de caixa da empresa.

Avaliação de estoque

 

Quando falamos em avaliação de estoque emerge um questionamento: que método melhor espelha realidade de valor do bem? Valores de entrada e saída?

Embora os métodos de entrada sejam mais objetivos e por isso verificáveis muitos entendem que sua adoção acaba por mascara o resultado especialmente em contextos inflacionários onde o custo das mercadorias produtos vendidos não refletem a dinâmica de mercado.

 

Gastos diferidos

Alguns entendem que embora os gastos diferidos tragam inegáveis benefícios para exercícios sociais posteriores ao da aplicação  eles correspondem a gastos de um único período gastos estes a continuidade da atividade devendo ser levados a resultado em sua totalidade para melhor qualificação do referido indicador. Para melhor leitura do efeito desses gastos desta natureza pelo seu valor total.

O valor informativo do indicador e maior quando usado de forma combinada com outras técnicas de analise outros indicadores:

Esta afirmação repousa na seguinte base; embora uma empresa apresente em determinado exercício um EBITDA positivo, parte desse resultado pode estar comprometida com um passivo oneroso ou, ainda, grande parte pode ser composto de receitas a prazo (onde embute-se aí o risco do não-recebimento).

Inaplicabilidade para instituições financeiras

As despesas financeiras, nestas instituições, fazem parte das operações principais, logo não devem ser excluídas.

Receita de Vendas

(-) CPV                                                                      CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESA

=Lucro Bruto                                                             CONFORME O RAMO DO

(-) Despesas Operacionais                                    NEGÓCIO

C/ Vendas

Gerais e Administrativas

(=) EBITA ou LUCRO OPERACIONAL AJUSTADO

(-) DESPESAS NÃO-ASSOCIADAS À ATIVIDADE-FIM

=lucro Antes do IR e CL

(-) Provisão para IR e CL

=LUCRO LÍQUIDO

Com esta reformulação do indicar, a fase crítica seria a caracterização do negócio e a classificação das despesas.

 

2.4 Interpretação e leitura

Uma empresa pode apresentar um crescimento no volume do negócio (expansão) e, no entanto, gerar um EBITA negativo no exercício. O analista não pode furtar-se do uso de outras técnicas de análise, a exemplo da análise horizontal (temporal), da análise cruzada (entre congêneres) e da própria análise estática, onde o próprio conceito de EBTIDA pode ser utilizado na composição de indicadores.

Grau de cobertura operacional = EBITDA / despesas financeiras: informa a quanto a  empresa  pode gera em sua atividade (potencial de caixa) para fazer face as despesas financeiras do período.

Margem operacional = EBITDA / vendas: Mede o volume de recursos liquido gerados na comparativamente ao volume bruto de vendas .

Rentabilidade do ativo operacional ajustado = EBITDA: ativo operacional: afere o potencial de ingresso para cada unidade monetária de investimento operacional.

Importante indicador de desempenho uma vez que permite monitorar elementos de gestão estratégicos comportamentos das vendas e alocação de ativos operacionais

ROI ajustado = margem operacional (%) giro do ativo (%): permite avaliar o comportamento da margem operacional e do giro ativo de forma combinada o que facilita a previsão da margem para determinadas condições de custos variáveis ou volume de vendas.

Rentabilidade do patrimônio liquido ajustado = EBITDA: Patrimônio liquido médio: informa quanto a empresa obteve em sua atividade (êxito econômico) comparativamente ao volume de recursos próprios investidos. Na verdade obtém-se com este indicador a taxa efetiva de rendimento do capital próprio.

A partir do dado EBITDA indicador absoluto podemos obter ainda um dado derivado de extremo valor informativo – referimos a seu giro.

Quociente de giro (QO) = [ ( a + ab ) . b ] / a + b/2

Sendo :

 a = EBITDA no inicio do período

b = EBITDA no final do período

a*b =total do período

a+b/2 = media

Todo e qualquer julgamento será função da análise integrada de tais variáveis, o que tende a enriquecer o trabalho do analista.


2.5 Como o EBITDA é apurado ?

O cálculo do EBITDA é muito simples: ao Lucro Operacional Líquido antes do impostos adicionam-se os juros, depreciação e amortização.

Procura-se um valor isento de efeitos fiscais, exatamente por causa da maior parte dos efeitos desproporcionais estarem fora dos itens operacionais da empresa. Esses cálculos podem ser entendidos a seguir:

Despesas financeiras: no lucro líquido está embutido as despesas financeiras comentadas, que, decorrem do processo de tomar dinheiro emprestado, e não das atividades do negócio propriamente dito.

O lucro operacional derivado das atividades da empresa, independente da forma como elas são financiadas, é o que ocorre antes das despesas financeiras

Juros sobre o capital próprio: no caso do Brasil, precisam também ser excluídos as juros sobre o capital próprio que estivessem contabilizados no resultado. Representam remuneração do capital próprio limitado a TJLP e a outros fatores e têm a mesma característica que as despesas financeiras; não se originam dos ativos, e sim da forma de seu financiamento.

Receitas financeiras: decorrem da existência de disponibilidades aplicadas no mercado financeiro, que não são, nitidamente comercial. Como se quer avaliar a capacidade de geração de dinheiro por parte do negócio, elimina-se também o valor das receitas financeiras para se chegar ao Ebitda. Por isso se quer o lucro antes delas;

Depreciações e amortizações: não representam desembolso neste exercício, e o que se quer com o Ebitda é mensurar a capacidade de geração de caixa dos ativos, nos interessa o valor antes dessas despesas para se ter à capacidade efetiva de geração de recursos financeiros dos ativos da empresa.

Segue agora a seguinte linha de demonstração do resultado.

 

 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

 

2005

Vendas

                  1.200.000

CMV (sem depreciação)

(720.000)

Lucro Bruto

                      480.000

Despesas operacionais (sem depreciação)

                     (240.000)

EBITDA

240.000

Depreciação

 (50.000)

Receitas Financeiras

1.440

Despesas Financeiras

(41.760)

Lucro Antes dos Tributos

149.680

Imposto Tenda e Contribuição Social

(49.394)

Lucro Líquido

100.286

 

O ebitda é o valor do caixa, do potencial de geração de caixa produzido pelos ativos operacionais, sem os efeitos decorrentes da forma de financiamento da empresa e antes dos efeitos dos tributos sobre o resultado.

O ebitda não deve ser confundido com fluxo de caixa para a empresa, que é a melhor mensuração de quanto caixa uma empresa está gerando, porque leva em conta o lucro, acrescenta as despesas que não impactam o caixa e inclui as variações dos investimentos em ativos fixos e no capital de giro, as quais também geram ou consomem caixa. Assim, é possível a empresa ter ebitda positivo e fluxo de caixa negativo.

O valor da empresa é obtido a partir de seu fluxo de caixa e que este é fortemente relacionado ao Ebitda. A principal vantagem do ebitda sobre o fluxo de caixa é a simplicidade de sua obtenção a partir dos demonstrativos financeiros. Uma segunda vantagem é o fato de não necessitar de estimativas médias ou projetadas de contas como a de investimentos, que podem oscilar muito em razão dos planos de expansão da empresa.

2.6 EBITDA - Virtudes e defeitos

Nos últimos anos, um indicador financeiro passou a ser amplamente utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado como a principal e as vezes única avaliação de desempenho e/ou do valor das companhias: o EBITDA. Além disso, o final da década e início do novo milênio foi marcado por inúmeras negociações de empresas que também tiveram como único parâmetro o EBITDA.

De outro lado, como ocorre, o “modismo” disseminou-se rapidamente e muitas empresas, dos mais variados portes e segmentos em nosso país também passaram a considerar o EBITDA como uma importante ferramenta de avaliação de performance operacional. Mas, afinal de contas, o que é o EBITDA ? Ele é ou não uma boa ferramenta de avaliação ? O EBITDA mede, realmente, o fluxo de caixa ? Por que empresas com ações negociadas nas bolsas de valores fazem questão de apresentar o resultado do EBITDA ?

 

 

 

 

2.6.1 Argumentos dos defensores do EBITDA:

 

Os defensores do ebtida argumentam que esse índice proporciona a possibilidade de analisar sozinha, se uma empresa tem condições de superar a concorrência ou se está destinada a apresentar dificuldades sujeitas, inclusive, a inviabilizar sua atividade. Outros argumentos afirmam que o ebitda permite usar o passado para estimar o futuro.

Os defensores da aplicação do EBITDA sustentam, entre outros, os seguintes argumentos:
· Pode ser utilizado na análise da lucratividade entre as empresas;

· Por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, sua utilização pode fornecer uma comparação relativamente boa para o analista pois mede a produtividade e a eficiência do negócio;

· O EBITDA como percentual de vendas pode ser utilizado para identificar empresas que sejam as mais eficientes operadoras dentro de um determinado segmento de mercado;

· O EBITDA pode ser utilizado para comparar a tendência de lucratividade nas indústrias pesadas (ex: siderurgia e automobilística) até as de alta tecnologia porque remove da análise, o impacto dos financiamentos de grandes inversões de capital;
· A variação percentual do EBITDA de um ano em relação a outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade;
· O EBITDA é uma excelente ferramenta de medição para organizações que apresentem uma utilização intensiva dos equipamentos (mínimo de vinte anos).

 

 

2.6.2 Críticas à utilização exclusiva do EBITDA:

Embora reconhecendo a validade relativa da utilização do EBITDA, os críticos apresentam os seguintes argumentos:

· É muito comum que empresas contratem financiamentos e empréstimos para alavancar suas operações. Assim, é mais comum as empresas apresentarem despesas financeiras superiores às receitas financeiras. Outrossim, como também é comum as empresas apresentarem Imposto de Renda e Contribuições sobre seus lucros operacionais, é fácil presumir-se que o EBITDA seja superior ao lucro líquido, sendo que, em muitos casos, o EBITDA é positivo muito embora a linha final da demonstração de resultados apresente prejuízo líquido;
· O EBITDA não considera as mudanças no capital de giro e portanto, sobrevaloriza o fluxo de caixa em períodos de crescimento do capital de giro;
· O EBITDA pode dar uma falsa idéia sobre a efetiva liquidez da empresa;
· O EBITDA não considera o montante de reinvestimento requerido, especialmente nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta (três a cinco anos);
· O EBITDA nada apresenta sobre a qualidade dos lucros;
· Ele ignora as distinções existentes na qualidade dos fluxos de caixa originados de diferentes práticas contábeis (nem todas as receitas geram caixa!);
· O EBITDA ignora atributos específicos na análise de determinadas empresas/negócios;
· Companhias da chamada “nova economia” têm tentado convencer os investidores de que devem ser avaliadas, exclusivamente, com base no EBITDA, desconsiderando-se até a hipótese de prejuízo e com isso, têm conseguido ludibriar investidores leigos ou mal informados;

· A aparente hipótese de estar livre de manipulações caiu por terra com o escândalo da Worldcom, quando esta reconheceu US$ 7 bilhões de despesas operacionais como investimentos de capital, o que provocou profunda distorção no lucro e conseqüente aumento do EBITDA;

· Por ser de fácil apuração o EBITDA é freqüentemente utilizado como a mais importante medida de performance do resultado de muitas empresas. Entretanto, seu resultado pode dar uma falsa idéia do verdadeiro potencial de investimento de uma empresa, justamente por não refletir adequadamente, a verdadeira habilidade na geração de caixa para continuidade das operações.


2.7 Tendências para o futuro sobre a validade da utilização do EBITDA


Aparentemente e principalmente após os escândalos contábeis de grandes

corporações norte americanas, a preocupação com o EBITDA vem crescendo.

 Especialmente nos Estados Unidos, muitas companhias que davam excessiva ênfase ao EBITDA em suas comunicações sobre os resultados voltam a focar muito mais no “lucro por ação” e dando mais atenção à outros indicadores.

Muito embora a ênfase possa vir a ser menor, parece que o EBITDA continuará sendo muito utilizado porque é um bom indicador para a avaliação da tendência dos lucros da atividade principal de uma empresa. Adicionalmente, parece que gradualmente haverá uma compreensão melhor de que, por existir diferenças significativas entre os dois, o EBITDA não é ideal em substituição ao Fluxo de Caixa Operacional e, assim, este continuará sendo a melhor forma de saber o quanto o “Caixa” de uma empresa está produzindo.

No Brasil, tenho a impressão de que ainda levará mais algum tempo e o EBITDA continuará sendo muito utilizado pelo mercado, principalmente na avaliação de empresas. Além disso, o mercado deverá continuar valorizando mais a variação percentual de crescimento ou queda do indicador em relação ao período anterior do que o valor isolado do EBITDA.

Em síntese, parece-me que o EBITDA continuará sendo um indicador relevante e importante, porém com uma melhor compreensão de suas limitações e portanto, outros indicadores tradicionais também continuarão presentes nas análises e avaliações de investimentos e performances de muitas organizações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 CONCLUSAO

            De acordo com a pesquisa realizada , percebe que EBITDA  informa quanto de recurso a empresa pode gerar através de sua operacionalidade , procurando evidenciar seus recursos líquidos através do volume de vendas ( -) suas despesas operacionais .

            Vale salientar que a rentabilidade operacional da empresa ajustado , será igual ao EBITDA dividido pelo ativo operacional , procurando demonstrar o investimento operacional e a importância dos indicadores econômicos .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 BIBLIOGRAFIA

 

- http//:www.rhcentral.com.br acessado dia 21/05/2006 às 15:35hs.

- Revista Brasileira de Contabilidade. Ed. CFC. Belo Horizonte, 2002 ed. 136,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXOS

FIGURA 1