A profissão de administração sem dúvidas tem uma das mais abrangentes áreas de atuação profissional. Os profissionais que se formam nessa área podem escolher subáreas ligadas a administração da produção, administração de recursos materiais e patrimoniais, gestão de recursos humanos, analise de processos, administração financeira, sistemas de informação, gestão mercadológica e tantas outras pertinentes a administração. Pode-se dizer também que um dos principais objetivos dos profissionais formados ou em estado de formação é atuar em uma dessas subáreas em uma grande empresa nacional ou multinacional.
Existe, no entanto, uma desvalorização de um grupo de empresas que o profissional de administração poderia escolher para sua atuação profissional. São as MPEs (micro e pequenas empresas). Pelo qual de pequenas não se têm muita coisa. É um grupo que se tem muito a considerar.
De acordo com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei n°123/2006) um microempreendedor individual (MEI) pode ter até uma receita bruta anual de R$ 60 mil anuais; uma microempresa pode ter uma receita bruta anual de R$ 60 mil a R$ 360 mil reais; já uma empresa de pequeno porte (EPP) pode ter uma receita brutal anual de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões de reais. Ainda assim, adotando uma outra forma para classificar as MPEs, esta última considerando o número de pessoas empregadas na organização tem-se que uma EPP tem torno de 10 a 49 pessoas no ramo de serviços e comércio e entre 20 e 99 pessoas no ramo industrial. São número muito consideráveis.
Outros dados relevantes segundo dados de 2013 do Sebrae é que as MPEs representam 99% do total de empresas no País. Elas também geram 25% do PIB brasileiro e são responsáveis por 52% do saldo de empregos formais e 40% da massa salarial. As MPEs são mais do que importantes para o País, elas são essenciais tanto para o desenvolvimento econômico para o seu conseguinte desenvolvimento social.
Geralmente há uma tendência de considerar sempre as MPEs como somente uma pequena mercearia na esquina, uma pequena loja varejista de roupas, uma cabelereira que tem somente a vizinhança como clientela, uma pequena padaria na outra esquina, etc. Ou seja, por questões da termologia adotada e por não aprofundamento no que de fato seja uma MPE e o seu potencial de crescimento muitas das vezes elas acabam sendo desconsideradas no que tange a escolha de uma empresa para a atuação profissional.
É claro que uma MPE não vai proporcionar os possíveis salários altos em um primeiro momento do que uma multinacional pode oferecer. Deve-se, entretanto, considerar os outros fatores gratificantes no que tange a atuação em uma MPE. Como por exemplo, ser responsável pelo seu crescimento e consolidação no mercado, por práticas modernas de gestão e atendimento ao cliente, ser responsável por iniciar um setor de recursos humanos, financeiro, de recursos materiais, de marketing, de implantar uma cultura de inovação. Em uma grande e média empresa a atuação de um recém profissional de administração não tem tanta autonomia ou não se tem nenhuma para implantar novos processos e práticas administrativas. A atuação é restritiva e limitada quase sempre. Sendo que também a atuação administrativa em MPE em hipótese alguma deve ser jugada como mais fácil que em uma grande empresa.
Não se pretende dizer aqui as experiências e os sonhos de trabalhar em uma grande empresa sejam deixados de lado, mas sim que MPEs também podem representar grandes oportunidades de desenvolvimento profissional e ser também uma excelente experiência.
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